Está desempregado? Especialista diz o que fazer para conseguir um (novo) emprego
A primeira recomendação é sobre a construção de bons relacionamentos, a chamada rede

Mais um ano se inicia e milhares de brasileiros continuam desempregados. Na Bahia, falta emprego para cerca de 12,5 milhões de pessoas, de acordo com o último balanço divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao terceiro trimestre de 2018.
Somente nessa terça-feira (8), centenas de pessoas compareceram à sede do SineBahia, na Avenida ACM, em busca de uma oportunidade de emprego. A fila para conseguir uma ficha, por volta das 8h, já era quilométrica.
O número de desempregados é grande, a concorrência também. Então, o que fazer para se destacar?
Especialista em RH (Recursos Humanos), Miguel Argôlo compartilha algumas dicas que podem ajudar a sair das estatísticas dos desempregados mais rápido. Mas, de antemão, vale pontuar: não há uma fórmula mágica.
A primeira recomendação de Argôlo é sobre a construção de bons relacionamentos, a chamada rede. “As pessoas que estão procurando trabalho precisam se conectar com pessoas que têm alguma influência, um bom nível de relacionamento e capacidade de decisão. Porque temos as oportunidades divulgadas e as não divulgadas. Não podemos dizer que há um protecionismo, mas é apenas um encurtamento do processo [as vagas não divulgadas]”, disse em entrevista à Tribuna da Bahia.
De acordo com ele, as vagas não divulgadas ocorrem em basicamente todas as áreas. Por isso é preciso informar ao maior número de pessoas que se está desempregado, destacando as experiências e qualificações que possui. A pessoa que recebe essa informação não vai sair procurando emprego para o candidato, mas, se surgir uma vaga que encaixe no perfil do interessado, haverá a indicação espontânea.
“Se chega nisso construindo a rede de relacionamentos. As pessoas precisam saber que estou disponível, que estou procurando emprego. Isso não significa dizer que vou enviar meu currículo para todos os meus contatos. Isso não funciona mais. Tem que ser comunicação direcionada, com conversa, por mensagem, ou ligação telefônica. A informação sendo passada de um a um. Se eu conseguir formar uma rede de pessoas importantes, aumento minhas chances, principalmente nas vagas não anunciadas”, garante.
O especialista em RH alerta ainda para a questão dos perfis profissionais. Algo que muitos ainda não devem ter conhecimento é sobre o uso da da plataforma LinkedIn, uma rede social de negócios, que facilita a procura por trabalho e por trabalhadores.
“Todo mundo se preocupa muito com o Facebook, o Instagram. Mas tem uma ferramenta que hoje circula no mercado de trabalho, que é o LinkedIn. Ele já tem ofertas importantes, porque muitas empresas enviam vagas a essa plataforma. Virou um grande banco de currículos, exceto que funciona para posições mais técnicas. Posições muito operacionais, como profissionais pedreiros, cozinheiros, garçons e assistentes administrativos não vão funcionar muito bem. Mas para perfis com nível superior essa rede profissional é uma grande possibilidade”, detalha.
Qualificações – Outro ponto que pode ajudar a entrar ou retornar ao mercado de trabalho mais rápido é a procura por qualificações, que muitas vezes são oferecidas gratuitamente ou a baixo custo por entidades como o próprio SIMM (Serviço Municipal de Intermediação de Mão-de-obra) e SineBahia (Serviço de Intermediação Para o Trabalho), que junto com vagas de emprego oferecem também pequenos cursos de qualificação. O Senai Cimatec e o Sesi também são outras instituições de capacitação que podem contribuir para o currículo.
“Duas coisas que são importantes para o profissional destacar: qualificação e experiência. Nos dias de hoje, quem está no mercado há mais tempo está sofrendo e quem ainda não entrou está sofrendo mais ainda. Então, é preciso sempre buscar qualificações. Ficar em casa no sofá, reclamando que não conseguiu emprego, não vai fazer aparecer. É preciso se conectar com as pessoas que estão trabalhando, fazer processo seletivo, procurar cursos. Temos a prospecção ativa e passiva. A passiva é aquela em que espero que alguém anuncie alguma coisa que sirva para o meu perfil. A ativa é a que vou atraz, anuncio, digo que estou interessado e disponível. Essa é a que funciona”, afirma o especialista em RH Miguel Argôlo.
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