Publicado em 08/05/2019 às 12h46.

Documentário mostra a luta de mulheres da comunidade Guerreira Zeferina

Filme dirigido por Márcio Cavalcanti conta a história de superação de mulheres que viveram em condições desumanas na antiga Cidade de Plástico

Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

A vida da Guerreira Zeferina será contada pela perspectiva de quatro mulheres que viveram na antiga Cidade de Plástico, e atualmente moram no conjunto habitacional batizado com o nome da líder quilombola, no documentário ” “Zeferinas – Guerreiras da Vida”. O média-metragem será lançado na próxima segunda-feira (13) no site zeferinas.com.br, e também em sessão especial para convidados no Espaço Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, às 18h.

Dirigido por Márcio Cavalcanti (“Sou Carnaval e “Bahia, Minha Vida”, a obra é uma realização da Prefeitura de Salvador junto à agência Propeg. Com cerca de 25 minutos de duração, o documentário traça um paralelo entre as atuais guerreiras da comunidade de Periperi, no Subúrbio Ferroviário, e relaciona os problemas vividos com a heroína Zeferina.

“Nossas atrizes são quatro mulheres que fizeram parte daquela ocupação, que sobreviveram a todas as dificuldades daquele lugar e têm uma vida de superação. Fizemos esse paralelo histórico com a guerreira lutadora do passado. Disso, surgiu o nome do filme”, explica o diretor.

A história é narrada pelas moradoras Cassileide, Vanda, Tâmara e Miriam. Dona de casa e mãe solteira de um casal, Cassileide Bonfim, de 42 anos, chegou à cidade de plástico em 2010:

“Passamos muita coisa aqui, foi muito sofrido. Mas nunca duvidamos que teríamos uma moradia digna e esse dia chegou. Estou ansiosa para ver a história da minha comunidade transformada em filme”, declara.

Vanda, a mais velha das personagens, é famosa por sua alegria contagiante. Já a professora Tâmara, conhecida como Mara e que está grávida, é uma mulher que sonha com as suas perspectivas para o futuro, além de contar a história de amor com o marido e da família no local.

A Cidade de Plástico ficou conhecida como o local mais pobre da capital baiana e já abrigou cerca de 300 famílias. Atualmente, o conjunto habitacional é composto por 10 prédios distribuídos em uma área de mais de 20 mil m² com uma infraestrutura digna.

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