Baianos usarão FGTS para fazer compras após pagar dívidas, diz porta-voz dos shoppings
Na análise de Edson Piaggio, comportamento costuma ser o mesmo sempre que benefício é liberado
A receita dos estabelecimentos comerciais da Bahia terá incremento neste mês, devido à liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por parte do governo federal.
Em entrevista ao bahia.ba nesta terça-feira (17), o coordenador estadual da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), Edson Piaggio, explicou que, tradicionalmente, os baianos pagam primeiro as dívidas, depois correm para as lojas a fim de investir em novos bens.
“De modo geral, o ritual é esse. O consumidor paga a dívida, depois abre espaço para novas compras. Ainda não deu para sentir muito esse impacto, porque a semana está começando agora, mas acreditamos que a liberação do FGTS trará influência nos shoppings. Tem sempre um impacto, segundo essa lógica”, disse.
Devido à liberação do benefício, unidades da Caixa Econômica Federal espalhadas pela capital funcionaram durante o último final de semana, inclusive a que fica localizada no Shopping da Bahia. Por lá, muitos consumidores foram às compras logo após realizar o saque, conforme observou a gerente da loja de roupas Yellow, Jéssica Pinheiro.
“Setembro é um mês fraco, então esse movimento ajuda muito. Terá muito mais impacto do que a própria Semana do Brasil, porque sem dinheiro as pessoas não compram. Muita gente já saiu [do banco] e foi comprar”, disse ao bahia.ba. Segundo ela, sempre que ocorre a liberação do FGTS, o faturamento no estabelecimento cresce em torno de 30%.
O movimento de clientes também ampliou na Bella Mania. “Já no sábado vimos um movimento muito bom, das pessoas gastando, comprando. Com certeza muita gente já saiu da Caixa com o dinheiro para comprar”, disse a gerente Hilda dos Santos.
Entre os clientes que aproveitaram o benefício nos shoppings está o analista de sistemas João Santiago, de 36 anos. “Na verdade, eu não sabia que tinha saldo. Vim ao shopping pagar o cartão com minha irmã, quando minha sobrinha questionou. Decidi olhar e tinha R$ 700. Paguei a fatura e comprei outras coisas que precisava”, contou.
O motorista por aplicativo João Paulo Cardoso, de 40 anos, ainda não verificou seu saldo, mas contou o que faria com o dinheiro. “Pagaria minhas dívidas e guardaria o restante. Já gastei muito com roupa, tenho roupa em casa há anos e ainda tem etiqueta. Hoje tenho outra mentalidade, procuro planejar melhor o futuro”.
Fechamento anual
Segundo o coordenador estadual da Abrasce, impulsionado pela leve retomada da economia, os consumidores estão mais confiantes em gastar, e, por isso, ele espera que o balanço final do ano de 2019 será positivo. A estimativa é de aumento em 7% vendas, ante 2018.
“Somente no primeiro semestre crescemos 8,4%, na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Então, nossa expectativa é encerrar 2019 com crescimento de 7%. Ou seja, duas vezes a inflação, dando um crescimento real de 3,5% ao ano. Na medida em que não está aumentando o desemprego, a gente nota o aumento no nível de confiança do consumidor”, afirmou.
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