Novembro Negro: Governo lança vídeo publicitário de campanha contra racismo
Peça, disponível no canal oficial do governo no YouTube, foi compartilhada pelo governador Rui Costa em seus perfis oficiais nas redes sociais
Dando início às ações relacionadas ao Novembro Negro, o governo do estado da Bahia lançou nesta sexta-feira (1º) um vídeo publicitário que integra a campanha “Todas as vozes contra o racismo. Todas as leis contra os racistas”. A peça, disponível no canal oficial do governo no YouTube, foi compartilhada pelo governador Rui Costa em seus perfis oficiais nas redes sociais.
“A Bahia é o único estado brasileiro que tem uma secretaria estadual [Secretaria de Promoção da Igualdade Racial] para promoção da igualdade racial e vamos fortalecer, cada vez mais, nossas políticas públicas para lutar por reparação e igualdade”, escreveu o governador.
A Bahia é o único estado brasileiro que tem uma secretaria estadual para promoção da igualdade racial e vamos fortalecer, cada vez mais, nossas políticas públicas para lutar por reparação e igualdade. Bom dia e excelente Novembro Negro a todas e todos! #NovembroNegro
— Rui Costa (@costa_rui) November 1, 2019
No vídeo lançado nesta sexta, criado pela agência Objectiva Comunicação, pessoas brancas, com fones de ouvidos, proferem uma série de ofensas racistas a pessoas negras – ao final da peça, o locutor afirma “Racismo fere, racismo mata, racismo é crime”.
A campanha foi lançada na quarta-feira (30) pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e, segundo a titular da pasta, Fabya Reis, não está restrita ao Novembro Negro e deve se estender ao longo de 2020. O site da campanha é igualdaderacial.ba.gov.br e as denúncias do crime de racismo podem ser realizadas pelo telefone (71) 3117 7448.
“Faremos uma campanha firme e direta em dialogo com a sociedade e queremos trabalhar algumas condutas que as pessoas não entendem como crime de racismo e vamos deixar isso claro para a população. Além disso, vamos promover a importância da denúncia para que a gente possa seguir na apuração e responsabilização dos racistas. Estamos convocando toda a sociedade para que esteja conosco nesse combate”, afirmou.
Nesta sexta (1º), será realizada a abertura oficial das atividades, na sala principal do Teatro Castro Alves (TCA), a partir das 19h. Será apresentado o espetáculo “Tempos Negros: a legítima Viagem” do Bando de Teatro Olodum. Além da peça, haverá participações especiais da cantora Majur, dos blocos afro Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, Bankoma, Os Negões, Banda Erê e Banda Didá. O acesso do público é gratuito, mas nos ingressos já estão esgotados.
Ao longo do mês, outras ações serão realizadas, tendo como ponto alto o 20 de novembro, instituído como Dia Nacional da Consciência Negra. “Será um novembro bastante denso e de uma grande articulação institucional. A nossa estreia é com o espetáculo do Bando de Teatro Olodum e diversos artistas neste momento de congraçamento para celebrarmos a chegada do Novembro Negro”, afirma Reis.
“Além disso, teremos um conjunto de atividades durante o mês que envolverá diversas secretarias e a Procuradoria Geral do Estado (PGE). A PGE fará um grande lançamento em referência aos 30 anos da Lei Caó – aquela que transforma o crime de racismo em inafiançável e imprescritível. É uma agenda que fortalece o nosso instrumento de combate ao racismo”, conclui.
Durante o Novembro Negro será realizada, ainda, a II Semana da Igualdade Racial Mestre Moa do Katendê, que será promovida pela Sepromi e reúne o Conselho de Desenvolvimento para a Comunidade Negra, o Fórum de Gestores dos municípios e estados responsáveis pela articulação das políticas de igualdade.
“Estamos todos muito interligados e com o mesmo propósito. Além disso, vale ressaltar o protagonismo da agenda que acontece no dia 20 de novembro, que é baseada no apoio do Governo do Estado às associações da sociedade civil que realizam a Marcha da Liberdade, a grande Marcha do Campo Grande, além da lavagem do Zumbi dos Palmares, entre outras ações que constam do edital da Década Internacional Afrodescendente”, acrescenta a secretária.
Desde 2013, quando foi fundado o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, da Sepromi, foram registradas 603 queixas, sendo 348 por racismo, 187 por intolerância e 66 casos correlatos. Ao longo de seis anos, estes números saltaram de 14 em 2013 para 141 casos em 2018.
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