IBGE: pobreza no estado é maior entre pretos do que brancos
Pesquisa referente ao ano de 2018 revelou ainda que a parte da população baiana em maior situação de vulnerabilidade é composta por mães solteiras negras

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pelo IBGE referente ao ano de 2018 revelou a pobreza na Bahia é maior entre pretos ou pardos (43,8%) do que brancos (38,6%). Na capital, essa diferença era ainda maior em favor dos brancos: 15,2% deles estavam abaixo da linha de pobreza em 2018, frente a 23,6% dos pretos ou pardos.
Segundo o levantamento, mais de 6,3 milhões de baianos estavam abaixo da linha de pobreza no ano passado, sobrevivendo com menos de R$ 413. Esse total representa 42,9% da população como um todo.
Apesar dessa grande diferença na incidência de pobreza entre brancos e pretos ou pardos, o estudo do IBGE revela que a Bahia tem a terceira menor taxa de desigualdade entre estados, ficando acima apenas de Mato Grosso e do Distrito Federal.
Em Salvador, a desigualdade, porém, era maior em favor dos brancos. Enquanto 22,3% da população total da capital baiana estavam abaixo da linha de pobreza em 2018 (637 mil pessoas), entre as pessoas brancas o percentual caía para 15,2% (71 mil) enquanto entre as pretas ou pardas subia para 23,6% (558 mil). Era a 19ª maior diferença (8,4 pontos percentuais) entre as 27 capitais.
Como a incidência de pobreza entre pretos ou pardos é maior que entre os brancos, eles acabam sendo sobre representados entre os que são considerados pobres, ou seja, têm uma participação percentual maior entre os que estão abaixo da linha de pobreza do que na população total. Na Bahia, essa sobre representação era mais discreta: os pretos ou pardos eram 82,7% dos que estavam abaixo da linha de pobreza, frente a 81,1% da população em geral (mais 1,6 ponto percentual). Era a menor sobre representação entre os estados brasileiros.
Mães solteiras negras são as que mais sofrem
O levantamento feito pelo instituto sinalizou ainda a parcela da população baiana que mais sofre com a pobreza: mulheres que vivem sem a presença de cônjugue e com filhos menores de 14 anos de idade. Ou seja, mães solteiras negras.
Quase 8 em cada 10 pessoas que viviam nesse tipo de arranjo familiar estavam abaixo da linha de pobreza, o que representa 75,1% de mães solteiras pretas ou pardas e seus filhos sobrevivendo com menos de R$ 413 por mês.
E a vulnerabilidade dessas famílias à pobreza era maior na Bahia que no país como um todo. No Brasil, embora as mães solteiras pretas ou pardas também apresentassem em 2018 a maior incidência de pobreza, o percentual era mais baixo que o baiano (63,0%).
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