Publicado em 04/03/2020 às 19h40.

Prefeitura abre processo de tombamento do Monumento ao Dois de Julho

A escuta está em regime de tombamento provisório

Redação
Foto: Valter Pontes/Secom
Foto: Valter Pontes/Secom

 

Situado na praça do Campo Grande, o Monumento ao Dois de Julho teve processo de tombamento aberto pela prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), na segunda-feira (2).

Agora, de acordo com a gestão municipal, é aberto um dossiê técnico com prazo de ser finalizado em até 36 meses. Uma vez tomada, uma série de ações passam a ser planejadas, especialmente quanto à preservação da peça artística – que permanece em regime de tombamento provisório.

História
Criado na Itália pelo artista italiano Carlo Nicoli y Manfredini, e inaugurado em 1895, o Monumento ao Dois de Julho mede 25,86 metros e possui uma estética neoclássica. Quem passa pelo Campo Grande, enxerga de longe a imponente peça, constituída de pedestal de mármore de Carrara, onde se assenta uma elegante coluna de bronze.

A principal personagem da composição é um caboclo com 4,1 metros de altura munido com arco e flecha e armado com uma lança, matando um dragão – uma metáfora à tirania portuguesa. O indígena representa a identidade, a nacionalidade e a liberdade do povo brasileiro que lutou pela independência. Na base da coluna estão uma escultura de mulher representando a Bahia e outra em referência à Catharina Paraguaçu, a índia tupinambá, mulher de Caramuru, com o lema “Independência ou Morte” no escudo.

Ainda integram a riqueza de detalhes do monumento símbolos e ícones que representam batalhas, nomes de heróis e os principais rios da Bahia, São Francisco e Paraguaçu. Sem falar da cachoeira de Paulo Afonso, as águias e leões instalados na estrutura, que significam liberdade e república. Há também oito candelabros, de sete metros, adaptados para iluminação a gás, além de mosaicos com referências a eventos da História do Brasil.

Restauro
Em setembro, o monumento foi entregue novamente à cidade após ter passado por um reparo que durou seis meses. Com investimento de R$ 829 mil, a restauração do Monumento ao Dois de Julho envolveu a reposição de peças danificadas e furtadas, limpeza e pinturas, além da recuperação da pavimentação, dos postes e luminárias que cercam o monumento.

Foram repostos mais de 200 quilos de peças em bronze que foram roubadas. Além disso, foi instalada próxima à composição artística uma placa com QR Code, por meio da qual a população poderá acessar todas as informações históricas do monumento. A iniciativa faz parte do projeto #Reconectar, desenvolvido pela FGM.

Desde a entrega, a peça passou a ser vigiada 24 horas por dia por uma base da Guarda Civil Municipal em funcionamento no Campo Grande. O local também conta com um sistema de videomonitoramento, visando coibir a ação de vândalos.

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