Demanda de crédito para pessoa física cai 30% em 2015, diz Caixa
Informação é do vice-presidente de Finanças, Márcio Percival, e foi divulgada nesta terça, durante a apresentação de resultados da instituição

O vice-presidente de Finanças da Caixa Econômica Federal, Márcio Percival, comentou durante a apresentação de resultado da instituição nesta terça-feira (8), que a demanda por crédito no banco, tomando por base as consultas feitas por clientes, caiu 27% no ano passado. Segundo ele, na pessoa física, houve retração de 30%. Percival disse também que o banco está, assim como as demais instituições do sistema financeiro, procedendo com renegociações de dívida e que o foco tem sido na busca de mais garantias.
O executivo confirmou também a cessão de R$ 13 bilhões de carteiras, o que representa 2% da carteira de crédito total do banco, parte das quais estavam provisionadas e já carregavam perdas.
A Caixa estima crescer entre 7% a 11% sua carteira de crédito em 2016, abaixo da expansão de 11,9% realizada ao longo do ano passado. O guidance de 2015 para a expansão da carteira de crédito era de aumento de 11% a 15%.
Para ativos totais, a Caixa estipulou como guidance um crescimento de 11% a 15%, acima da projeção de 2015, que era de 7% a 11% de expansão. No ano passado, os ativos totais da Caixa cresceram 13%.
O banco público tem como meta gerar receitas de prestação de serviços entre 10% a 13% superiores às obtidas em 2015, quando essas receitas aumentaram 12,6%, dentro da faixa que havia sido estabelecida de expansão de 13% a 16%.
Para o Índice de Basileia, a Caixa estima fechar o ano de 2016 entre 13% a 15%. Em 2015, o índice foi 14,4%, dentro do guidance também de 13% a 15%.
Inadimplência – A Caixa tem expectativa de que a inadimplência permaneça no primeiro trimestre no mesmo patamar de dezembro de 2015, disse Percival. O banco público fechou o ano com o índice de inadimplência em 3,55%, acima do patamar de 2,56% de dezembro de 2014. “Esperamos que a inadimplência comece a cair a partir do segundo semestre e que fique no patamar de 3,55% a 3,80% nos primeiro seis meses”, afirmou Percival.
Captação e PDD – A elevação nas despesas com captação de recursos e as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) são os eventos mais desafiadores para a Caixa Econômica Federal em 2016, disse Percival.

“As despesas com captação são o maior desafio da Caixa, assim como as com PDD”, disse. Ele ponderou, entretanto, que o banco está preparado para isso e tomando medidas voltadas para a redução de seus custos e busca de eficiência.
Segundo ele, do ponto de vista de captação, a queda na arrecadação com a poupança levou o banco a aumentar o funding a partir de outras alternativas mais caras, como as letras de crédito imobiliário e certificados de depósito bancário. As captações alcançaram saldo de R$ 940,9 bilhões ao final de 2015, crescimento de 15,3% em 12 meses. Percival afirmou que o custo do funding do banco subiu de 75% do CDI para 76,5% do CDI.
A participação das LCIs no funding total subiu de 16% em 2014 para 17% em 2015, enquanto dos CDBs foi para 18%, de 16%. A participação da poupança no funding da Caixa no ano passado caiu, por sua vez, para 39%, de 43% em 2014. A participação no funding da emissão de letras financeiras ficou estável em 7%, de acordo com Percival.
As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 49,5% em 2015, para R$ 19,657 bilhões. De acordo com o executivo da Caixa, o aumento das despesas com PDD reflete a inadimplência e a provisão prudencial, de cerca de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões, composta para fazer frente ao cenário macroeconômico desafiador, assim como perdas com Petrobras e Sete Brasil.
Mais notícias
-
Economia
19h28 de 08/07/2025
Dólar recua com adiamento de tarifas por Trump enquanto Ibovespa tem leve queda nesta terça
No cenário interno, os investidores reagiram a novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
-
Economia
10h59 de 08/07/2025
Vendas do comércio varejista caem 0,2% em maio, aponta IBGE
No comparativo com o mesmo mês em 2024, sem o ajuste sazonal, as vendas do varejo registraram alta de 2,1%
-
Economia
10h24 de 08/07/2025
Dólar opera em baixa nesta terça-feira (8), com ameaça tarifária de Trump ainda em foco
Na segunda-feira (7), Trump publicou cartas endereçadas a líderes de 14 países, onde ameaça aplicar tarifas de 25% a 40%, a partir de 1º de agosto
-
Economia
09h56 de 08/07/2025
Haddad prega cautela e diz que declarações de Trump ‘precisam ser avaliadas’
O ministro reforçou que o Brasil está focado em promover um trabalho técnico junto ao governo americano
-
Economia
07h57 de 08/07/2025
Mega-Sena sorteia prêmio acumulado estimado em R$ 28 milhões nesta terça-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h no horário de Brasília em lotéricas ou pela internet
-
Economia
21h00 de 07/07/2025
Dólar sobe com tarifaço de Trump e fecha a R$ 5,47; Ibovespa recua após recordes
Moeda norte-americana acumula alta de 0,80% nos primeiros dias de julho, após uma queda de 12,07% no primeiro semestre
-
Economia
20h40 de 07/07/2025
Fazenda proíbe passagens em classe executiva e impõe cortes para conter gastos
Decisão faz parte de uma portaria publicada pela pasta para enfrentar a pressão sobre o orçamento federal
-
Economia
10h38 de 07/07/2025
Mercado projeta redução da inflação e vê subida do PIB, diz boletim Focus
Expectativa do IPCA é de 5,18% no final de 2025, abaixo da previsão que era de 5,20% na pesquisa anterior
-
Economia
10h26 de 07/07/2025
Dólar opera em alta nesta segunda (7), com tarifas de Trump sobre países do Brics em foco
Investidores reagem as atualizações sobre a política comercial dos EUA, que incluem um possível adiamento do novo 'tarifaço' do presidente
-
Economia
13h00 de 06/07/2025
Brics critica aumento unilateral de tarifas em meio ao possível novo ‘tarifaço’ de Trump
Em um documento ministerial, o bloco defende que as tarifas são “inconsistentes com as regras da OMS”, mas evita citar o presidente americano