Publicado em 18/05/2020 às 12h26. Atualizado em 18/05/2020 às 14h57.

Isidório: PT baiano deveria servir para ‘recuperar’ petistas corruptos

Deputado disse ao bahia.ba que, se Rui Costa for candidato a presidente, "será um presente" para o Brasil; e afirma que Bolsonaro precisa de psicólogo

Matheus Morais / Alexandre Santos
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

 

O pré-candidato a prefeito de Salvador pelo Avante, deputado federal Pastor Sargento Isidório, afirmou nesta segunda-feira (18), durante uma live do portal bahia.ba, que o PT da Bahia deveria servir para recuperar os petistas que “perderam o caminho”. Segundo ele, na esfera estadual da sigla não há casos de políticos que se envolveram em coisa errada”.

“Tem que fazer o dever de casa e pedir perdão quem errou. Nós não temos casos de políticos no PT da Bahia que se envolveram em coisa errada. Então, o PT da Bahia poderia servir de centro de recuperação para os petistas que perderam o caminho. Todo partido hoje quer [o governador] Rui Costa. Eu fico imaginando: imagine o governador Rui Costa no Avante. Estendo meu tapete vermelho para ele, abro as portas do partido para o nosso governador”, disse o idealizador da Fundação Dr. Jesus, centro de recuperação que há 29 anos trata de dependentes químicos em Candeias.

Entusiasta da gestão Rui Costa, Isidório diz que, caso Rui Costa tope disputar a Presidência da República na eleição de 2022, o Brasil ganhará “um presente”.

“Estou orando para que o governador seja candidato a presidente. Se ele for, será um presente para a população brasileira, para o Brasil. Rui Costa é um político aprovado pelo povo. É um político competente. Será mesmo um presente se ele for presidente”, elogiou o deputado.

‘Bolsonaro tem que procurar um psicólogo’

Na entrevista, Isidório também centrou críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobretudo por sua postura negacionista quanto à pandemia do novo coronavírus. Para o parlamentar baiano, embora esteja no Palácio do Planalto há quase dois anos, Bolsonaro ainda não assumiu o comando do país.

“Eu diria que, principalmente durante a pandemia, nós estamos com a vaga de presidente vaga, porque o presidente não assume a sua função de chefe de nação. Em um Parlamento, seja ela municipal, estadual ou federal, Câmara ou Congresso, você tem números que um pode divergir do outro, pode ter dúvida, pode isso, pode aquilo. Mas nos Executivos não pode. Prefeito, governador ou presidente de República têm que ter pulso e saber o que eles querem”, disse Isidório

Diante do comportamento “estranho do presidente”, o deputado conta que pessoas próximas têm demonstrado arrependimento por terem votado no capitão. “Tenho vários amigos e amigos que votaram nele. Pessoas importantes, pessoas inteligentes, muita gente boa, que foi convencida por ele, enganada por ele, e uns que estão largando o barco. Outros insistem porque ainda acreditam”, relata.

Contrário ao um eventual processo de impeachment no atual momento, Isidório sugere o que seria um caminho menos traumático para o presidente. “Alguém precisa orientar o presidente pra ele sair pra descansar, desestressar, procurar um psicólogo pra conversar com ele, porque ele tá levando a coisa muito na graça”, adverte.

“[Num processo de impeachment], quem sofre é mais o povo brasileiro. Demora, é um processo traumático. É um processo ruim para todos os lados. Todavia, [o presidente] tem que achar uma saída honrosa.”

Diferentemente do chefe do Executivo federal, o pastor demonstra estar preocupado com o avanço da pandemia no Brasil, que, no último fim de semana, passou a figurar como o quarto país do mundo com mais casos da doença, com 241.080 pessoas infectadas —fica atrás somente de Estados Unidos (1.486.375), Rússia (281.752) e Reino Unido (244.995).

Para Isidório, não se trata de uma “gripezinha”, como já minimizou Bolsonaro.

“São famílias que estão ficando enlutadas, todo mundo sendo prejudicado com isso, que não é uma gripezinha, não. Não é uma brincadeira. As pessoas precisam realmente ouvir as autoridades sanitárias. Atá porque a parte política, do Congresso e nos estados, eu tenho que ser justo, está sendo feita”, disse .

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