Rodoviários não descartam greve geral: ‘Estão fazendo os trabalhadores de idiotas’

O Sindicato dos Rodoviários espera uma solução para o problema dos mais de 1000 trabalhadores demitidos da Concessionária Salvador Norte (CSN) que ainda buscam receber os valores referentes às verbas rescisórias. Por conta disso, a categoria decidiu bloquear a saída dos ônibus das garagens da empresa no início da manhã desta segunda-feira.

A manifestação continuava até o momento da publicação desta nota, com indicativos de que deve se estender durante todo o dia. O diretor de comunicação do sindicato, Daniel Mota, alerta que, se a situação não for resolvida com celeridade, uma greve geral não está descartada.

“Pelo andar da carruagem, hoje não volta mais. Amanhã terá paralisação de novo até derem uma resposta. Estão fazendo os trabalhadores de idiotas. Essa minuta está para ser assinada desde o início do mês de abril, são quase 40 dias. Os advogados dos empresários estão tripudiando com os trabalhadores. Se continuar assim, avaliaremos a possibilidade de estender o movimento para outras garagens”, disse Daniel. Ainda de acordo com ele, funcionários das empresas OT Trans e Plataforma estão sendo ameaçados de demissão.

Em nota, o secretário de Mobilidade Fabrizzio Muller lamentou o imbróglio e isentou a gestão municipal. “A Prefeitura tem feito todos os esforços para buscar um acordo entre os rodoviários e a empresa, e tentamos até o último minuto que esta paralisação não fosse concretizada. As negociações já estão bastante avançadas, e o Sindicato já assinou a minuta do acordo com a empresa. Esperamos que a situação seja resolvida o mais breve possível para que a população não seja ainda mais penalizada”.

Para amenizar os transtornos e garantir o transporte aos usuários, a Semob preparou um esquema especial com 90 ônibus das concessionárias Plataforma e da OT Trans que serão utilizados para atender linhas que normalmente são operadas pela Prefeitura, além de 70 veículos do Subsistema de Transporte Complementar (STEC), os Amarelinhos. A integração será mantida entre os modais, com exceção aos ônibus metropolitanos para quem utilizar linhas operadas pelo STEC. A operação emergencial será realizada até que a manifestação seja finalizada pela categoria.