Publicado em 17/05/2021 às 15h32.

UFBA solta o grito: corte de verbas está matando a instituição de sufoco

Se Bolsonaro pouco liga para as vítimas da Covid, vai ligar para a morte da ciência? Só há um jeito: gritar

Levi Vasconcelos
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) deveria ter para este ano um orçamento de R$ 163,3 milhões, mas com corte imposto pelo governo, cai para R$ 133,8 milhões, ou R$ 30,4 milhões (18,7%) a menos.

O valor previsto para 2022 é bem próximo do de 2010, ou 11 anos atrás. É contra isso que terça (9h) professores, alunos e funcionários da instituição levantarão a voz no ato ‘Educação contra a bárbarie’, com apoio de 13 entidades nacionais (como OAB e Fenaj).

E por que o corte? Simples. Bolsonaro e seu governo acham que as universidades são o ninho da esquerda. E não fez segredo. logo de saída com o famigerado Abraham Weintrab, que tem a pretensão de sufocar o setor cortando verbas.

Desatinos

Se na pandemia Bolsonaro pouco ligou para o número de mortos que os desatinos do governo deixou rolar, imagine na educação, onde as vítimas, embora com danos para gerações, não baixam a sepultura.

Veja você. Desde que o Brasil é Brasil, até o governo Lula, a Bahia só tinha uma universidade federal, a própria UFBA. Hoje tem mais quatro, a Univasf, que se divide entre Bahia e Pernambuco; a UFOB, a UFSB e a UFRB.

Ora, o conhecimento com as oportunidades de acesso para todos é um bem tão precisoso quanto a vida. Mas se Bolsonaro pouco liga para as vítimas da Covid, vai ligar para a morte da ciência? Só há um jeito: gritar.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.