Publicado em 31/05/2021 às 16h42.

Impasse com rodoviários continua após audiência no TRT5

Segundo sindicato da categoria, empresas reconhecem perdas mas proposta não compensa; novo encontro ocorre na sexta

Adriano Villela
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

 

Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre empresas de ônibus e rodoviários, realizada nesta segunda-feira (31), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT5). Ao bahia.ba, o diretor de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, relatou que o patronal reconheceu as perdas salariais, mas a oferta não compensa para os trabalhadores.

O diretor afirma que a reposição de 7,59% dividida em duas etapas (metade agora e metade em novembro) representa uma ‘compensação negativa’. “Novembro é muito longe, quase seis meses. Esse tempo tem que ser reduzido”, declarou.

Apesar do impasse, o sindicalista acrescentou que o percentual agora aceito foi apresentado pela magistrada que conduz as audiências, a desembargadora Dalila Andrade. “Quem passou de 3% para 7,59% dividido em duas vezes pode melhorar a proposta”.

Daniel Mota apontou mais dois impasses: o primeiro se refere a horas extras. Os rodoviários querem ganhar em folga ou dinheiro, enquanto as empresas estariam dispostas a reduzir a jornada em dias mais fracos. Outro ponto é sobre o corte de ticket alimentação nos 14 dias de quarentena cumpridos por rodoviários com Covid-19.

Paralisação

Na audiência desta segunda, os rodoviários se comprometeram a não fazer novas paralisações até a próxima sex-feira (4), quando nova rodada de negociação ocorrerá. Na sexta-feira passada (28), os coletivos só saíram das garagens às 8h.

A desembargadora Dalila Andrade deixou claro no encontro desta segunda que a greve é um direito constitucional, mas tratando-se de atividade essencial, pelo menos 60% da frota deve estar nas ruas nos horários de pico (5h às 8h e das 17h às 20h) e 40% nos demais horários.

 

 

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