Publicado em 11/06/2021 às 16h50.

CPI da Pandemia vai definir primeiros investigados, anuncia relator

Renan Calheiros também criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre uso de máscaras; 'Temos um Jim Jones na presidência', disse

Redação
Foto: Reprodução/TV Senado
Foto: Reprodução/TV Senado

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia vai definir os primeiros investigados, anunciou nesta sexta-feira o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Até o momento, doze testemunhas já foram ouvidas na CPI, entre elas o atual ministro da saúde, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros da pasta Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta. “Nós estamos ultimando estudos para evoluir de fase na investigação. A partir de agora, nós vamos, com relação a algumas pessoas que por aqui já passaram, tirá-las da condição de testemunha e colocá-las definitivamente na condição de investigadas”, afirmou Renan Calheiros.

O relator não adiantou quantos nomes e em quais casos que estão sendo apurados haverá uma definição de investigados. “Nós precisamos saber o que aconteceu e o que poderia ter sido feito diferentemente para diminuir o número de vidas perdidas. Porque esta CPI tem feito a sua parte, cumprido o seu papel, mas do ponto de vista do que é sua obrigação, que é dissuadir, inibir os fatos, ela não tem conseguido atingir o seu objetivo”, afirmou.

Máscaras
Calheiros também criticou as declações da quinta-feira do presidente Jair Bolsonaro que defendeu o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção por vacinados e pessoas que já tiveram Covid-19. “Temos um Jim Jones na Presidência da República”, afirmou o senador alagoano, em referência ao pastor líder de uma seita nos Estados Unidos. “A diferença é que o americano induziu ao suicídio, e o que está na Presidência da República do Brasil induz a continuidade dessa tragédia e desse morticínio. Isso não pode continuar a acontecer”.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro afirmou que está em paz com a consciência sobre o parecer que encomendou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela desobrigação do equipamento de proteção. A proposta foi rebatida na Bahia pelo governador Rui Costa. “Já são quase 500 mil mortes. E nem 500 mil dá para satisfazer essa mente doentia e desumana”, desabafou. Com informações do G1.

 

 

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