Publicado em 05/03/2022 às 14h30.

Salvador amanhece com novo aumento da gasolina

Revendedores afirmam que refinaria reajustou também diesel; Acelen destaca efeitos da guerra e politica transparente

Adriano Villela
Foto: leitor bahia.ba
Foto: leitor bahia.ba

 

Salvador amanheceu no primeiro sábado do mês com novo reajuste de combustíveis. Relatos de leitores do bahia.ba dão conta de que, na gasolina, o aumento médio é de R$ 1. Em nota, o Sindicombustíveis Bahia atribuiu o novo preço tanto da gasolina como do diesel à refinaria Mataripe, que tem gestão privada desde dezembro do ano passado.

Segundo a entidade que representa os revendedores, a gasolina A teve aumento de R$ 0,6226 e o ICMS subiu R$ 0,2921. Já o diesel S10 teve alteração de R$ 0,8720 – acréscimo de R$ 0,2366 no ICMS. No diesel S500 é a alta foi de R$ 0,9186 e do ICMS do biodiesel S500 é de R$ 0,2454.

“A Acelen não vem praticando o congelamento do ICMS, determinado pelo Governo do Estado da Bahia, e o imposto representa hoje um custo de R$ 2,2442 por litro da gasolina C”; de R$ 1,3462 no litro do biodiesel S10, e de R$ 1,3196 no litro do biodiesel S500”, disse o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas.

Segundo o Walter Tannus Freitas, as diferenças em relação à gasolina A, que em fevereiro era de R$ 0,30 o litro em relação às demais refinarias (administradas pela Petrobrás), com este novo aumento passa a ser acima de R$ 0,95. No caso do diesel S10, que era de R$ 0,28, hoje, está em R$ 1,14 o litro.

Após contato do bahia.ba, a Acelen – empresa do fundo Mubadala que opera a refinaria baiana – disse que houve aumento de 18,8% na gasolina e 23,4% no diesel. Segundo a empresa, a política de preços segue a dinâmica do mercado, agora afetada pela guerra na Ucrânia.”Com o agravamento da crise gerada pelo conflito entre Russia e Ucrânia, o preço internacional do barril de petróleo disparou, superando os US$115 por barril, o que gerou impacto direto nos custos de produção”, comentou, na nota.

A gestora de Mataripe ressaltou ainda que “os preços que pratica são resultado da aplicação dos contratos firmados com seus clientes, os quais trazem uma fórmula de preços objetiva e transparente, que foi longamente discutida com os próprios clientes, aprovada pela agência reguladora”.

Sobre a questão do ICMS, a Acelen destacou que aguarda resposta ao ofício enviado para a Secretaria de Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) pedindo esclarecimento sobre a aplicação do congelamento de ICMS cobrado por substituição tributária.

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