‘Pró-liberdade de expressão’, bolsonaristas moveram 54 ações de censura contra críticos

Só Bolsonaro moveu 34 processos quando era deputado

Redação

Bolsonaristas que participaram do chamado “ato cívico pela liberdade de expressão”, organizado pelo governo federal em protesto pela condenação de Daniel Silveira (PTB-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF), já acionaram a Justiça pelo menos 54 vezes para remover conteúdos críticos, em tentativas de censura judicial. A informação é da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles.

Só o presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto ainda era deputado, apresentou 34 processos judiciais do tipo. Outros parlamentares do grupo moveram pelo menos 20 ações contra veículos de comunicação ou redes sociais para a retirada de conteúdos.

Segundo a publicação, quem mais recorreu aos tribunais para censurar material crítico foi a deputada Bia Kicis (PL), autora de seis processos; seguida de Carla Zambelli (PL) e Eder Mauro (PL), com quatro; Marco Feliciano (PL), três; Capitão Alberto Neto (PL), duas; e o próprio Daniel Silveira, uma.

Os dados obtidos pelo jornalista são da plataforma CTRL+X, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que monitora ações judiciais de retirada de informações feitas desde 2002.