Salvador: setor de alimentos e transporte puxam IPCA-15 de maio para cima

IPCA-15 de Salvador é o segundo mais alto do Brasil

Flávia Requião

O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, de Salvador, a 1,15%, foi reflexo do avanço nos preços médios de oito dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (24). Dos oito grupos, cinco aumentaram mais do que em abril.

De acordo com dados do IBGE, apenas habitação teve queda média de 0,95%, repercutindo a energia elétrica, que caiu 4,82%.

Em contrapartida, segundo o IBGE, o que pesou para o avanço do IPCA-15 em maio foi a alta dos grupos alimentação e bebidas, que subiu 1,76%, e transportes, que teve alta de 1,85%, setores com maiores pesos nas despesas das famílias de Salvador.

O aumento dos alimentos teve influência, principalmente, das altas do leite e derivados, que avançou 4,35%, dos panificados, subindo 2,89% e de aves e ovos, crescendo 2,93%. Entre os itens que mais subiu, foi a cebola, valorizando 16,67%.

Apesar dos avanços, dados do IBGE indicam que os produtos alimentícios que vinham pressionando a inflação para cima nos meses anteriores tiveram quedas de preço importantes em maio, a exemplo da cenoura, que caiu 7,44% e do tomate, desvalorizando 2,48%.

Em relação ao transporte, os combustíveis foram o que mais subiram, alta de 2,83%, refletindo os preços da gasolina, que subiu 2,10% e exerceu a maior pressão inflacionária individual na prévia de maio, na RM Salvador.

Com a segunda maior alta entre os grupos, saúde e cuidados pessoais, avançaram 1,94%, e também teve influência importante na aceleração do IPCA-15 na RM Salvador, em maio, levados pelos preços dos medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 3,70%).

Ainda nesse grupo, houve queda nos planos de saúde de 0,70%, um dos principais fatores responsáveis por conter o IPCA-15 de maio na região.

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