País assiste a ‘ação desastrosa’, diz Rui sobre aprovação do teto do ICMS

Gestor criticou aval do senado projeto que limita ICMS sobre combustíveis e reafirmou previsão de que medida não irá baixar os valores na bomba

Adriano Villela / Mattheus Miranda

O governador Rui Costa lamentou, nesta terça-feira (14), em conversa com a imprensa, a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/21, que limita em até 17% a alíquota do ICMS sobre os combustíveis. A matéria teve voto favorável de parlamentares da oposição, como o baiano Otto Alencar (PSD).

“Infelizmente o país assiste paralisado a uma ação, na minha opinião, desastrosa na economia”, opinou Rui, reafirmando posicionamento dado na segunda-feira (13) de que a medida não vai reduzir os preços na bomba. “Vocês verão isso nas próximas semanas. Eu sugiro a vocês. Fotografem a bomba de combustível hoje e daqui a 30 dias. Comparem os preços e vocês verão o valor que era de tributo no bolso de quem estará”.

Rui avaliou que, como o setor é oligopolizado, produtores, distribuidores e revendedores impõe o preço. Segundo o governador, um grupo apenas domina 60% dos postos de Salvador. “Existe algum inocente ainda que acha que tem concorrência?”, indagou. “A solução milagrosa é tirar dinheiro de quem está pagando policiais, pagando professores e custeando hospitais”.

Em que pese as críticas, Rui Costa minimizou o impacto do voto favorável do aliado Otto Alencar, pré-candidato a senador na chapa liderada pelo governo estadual. “Na Câmara, os parlamentares do PT também votaram a favor.”