Publicado em 10/10/2022 às 13h24.

Professora faz gesto nazista dentro de sala de aula no Paraná; veja vídeo

Educadora também foi fotografada usando bottons em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL)

Redação
Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais

 

Uma professora foi flagrada fazendo gesto nazista em sala de aula, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Segundo informações do portal Metrópoles, o episódio ocorreu no sábado (8), no Colégio Sagrada Família, mas as imagens repercutiram nas redes sociais nesta segunda (10).

No vídeo, a educadora identificada como Josete aparece em pé, vestida com uma camisa com a bandeira do Brasil. Ela encosta a mão na cabeça e em seguida estica o braço para a frente, simulando gesto usado como saudação ao líder nazista Adolf Hitler.

Em fotografias que circulam na internet, a professora também aparece usando bottons em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações da revista Fórum, a direção da instituição disse não estar de acordo com as atitudes da educadora e informou que este é o primeiro incidente da profissional que trabalha na escola há mais de uma década.

“Eu soube desse fato ontem e tomei as medidas internamente. Não é a nossa metodologia e nem o nosso jeito de ser. Nós sempre procuramos ficar neutros e é esta a orientação que a escola passa aos alunos, pais e professores. A posição da escola é totalmente contrária ao que aconteceu”, disse a diretora do colégio, Irmã Edites. “Com certeza foi um ato de imprudência da professora e a escola já tomou as primeiras medidas internas com ela dentro do que diz o nosso regimento”, disse ela.

Após o ocorrido, o Instituto Brasil-Israel se manifestou em repúdio à atitude da professora e também à leniência da escola. “Vemos com imensa preocupação o caso da professora que reproduziu a saudação nazista em uma escola em Ponta Grossa, no Paraná. O caso exemplifica os alertas de que as ocorrência neonazistas têm crescido no Brasil nos últimos anos, seja contra judeus ou outros grupos, como negros e pessoas LGBTQIA+. Não podemos normalizar situações como essa, mesmo que sejam exceções, o processo de aceitação, sem qualquer punição, faz com que mais pessoas se sintam à vontade para cometer o crime de apologia ao nazismo”, declarou a instituição, que também criticou a direção do estabelecimento por não sequer informar qual seria a punição aplicada à professora. “É preciso tomar medidas mais duras para frear a ascensão do neonazismo”, concluiu.

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