Publicado em 10/10/2022 às 19h45.

Ônibus sairão mais tarde nesta terça devido a um novo protesto dos rodoviários

O Sindicato dos Rodoviários permance reivindicando o pagamento de indenização e os direitos trabalhistas pelo tempo de serviço

Leilane Teixeira
Foto: Bruno Concha/Secom PMS
Foto: Bruno Concha/Secom PMS

 

Os ônibus de Salvador devem sair mais tarde das garagens nesta terça-feira (11) devido a uma manifestação prevista pelo  Sindicato dos Rodoviários da Bahia. Segundo o presidente em exercício da categoria, Fábio Primo, ao longo de toda manhã vai ocorrer uma “grande movimentação” na cidade, iniciando ainda pela madrugada e ficando mais intensa por volta de 11h.

O dirigente explicou que o objetivo é de atrasar a saída dos ônibus das garagens da capital e realizar protestos ao longo do dia na cidade.

“Viemos nos posicionar sobre a questão do CSN. Tivemos toda a paciência do mundo, a gente soube separar a questão política da nossa questão trabalhista. A gente não misturou até para as pessoas não usarem isso como desculpa para a nossa luta. Então, quero chamar você trabalhador. Sei da sua revolta e você está coberto de razão. Na terça, a gente vai começar o movimento na madrugada e depois no decorrer do dia”, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais.

O presidente em exercício questiona a falta de acordo da prefeitura com os trabalhadores em relação à extinção do Consórcio Salvador Norte (CSN), que atuava no transporte público da capital baiana. O sindicato permance reivindicando o pagamento de indenização e os direitos trabalhistas pelo tempo de serviço.

“Chega de enrolação, já esperamos além do esperado. Esse apelo é para que a gente se una para fazer um movimento forte e poder denunciar todo esse problema que os trabalhadores estão passando e que não está sendo cumprido. A gente tem feito a nossa parte, cobrando diariamente. Não há outra saída a não ser a gente se juntar e fazer esse movimento para mostrar que estamos insatisfeitos”, disse.

Ameaça anterior

O sindicato já ameaçou fazer uma paralisação por esse motivo em setembro, mas foi suspensa porque, de acordo com o Fábio Primo, o acordo de venda do terreno tinha sido cumprido pela prefeitura.

No entanto, os pagamentos ainda não foram realizados.

Entenda o impasse

O sindicato tinha ameaçado paralisar a saída dos ônibus caso a prefeitura não firmasse o acordo da venda do terreno prevista para esta quinta-feira (15).

Após o fim da operação da CSN, parte dos profissionais foi admitida pelos dois consórcios em operação na cidade (OTTrans e Plataforma). No entanto, outros não foram contratados, nem receberam os pagamentos que tinham direito.

No fim do ano passado, a prefeitura de Salvador disse que cerca de 1,6 mil rodoviários já haviam sido admitidos pelas companhias e outros estavam em cursos de requalificação profissional e treinamentos.

O problema com a CSN começou em junho de 2020, quando a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da empresa, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a CSN tinha descumprido o acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação.

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