Publicado em 03/11/2022 às 10h13.

Longa baiano estreia no Panorama Coisa de Cinema, em Salvador e Cachoeira

“Mugunzá” é dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio, com trilha assinada por Moreira

Redação

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Depois de estrear em setembro no Cinefantasy em São Paulo, o filme baiano Mugunzá terá a primeira exibição para o público baiano nos dias 07 de novembro, em Salvador, e 08 de novembro, em Cachoeira, como parte da programação do Festival Internacional Panorama Coisa de Cinema. Dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio, da Rosza Filmes – produtora com sede em Cachoeira – e com Arlete Dias e Fabrício Boliveira em cena, o longa musical conta a história de uma mulher que perdeu seu amor, sua dignidade e seus sonhos, e resolve buscar justiça.

“Arlete é a personagem principal e tem o mesmo nome da atriz que a interpreta, Arlete Dias, porque foi escrito para que ela atuasse. Essa personagem acorda um dia e vê que a vida dela foi destruída por homens, e aí ela procura por justiça. Ela luta e com a fé de Xangô repara todas as injustiças com todas as mulheres, como um símbolo de uma luta de outras mulheres”, antecipa Ary. Arlete Dias divide a cena com Fabrício Boliveira, que interpreta os cinco homens da história do musical.

“É um filme bastante impactante, quisemos trazer um pouco desse Recôncavo político, a partir da perspectiva de uma mulher preta. Ele foi muito bem recebido em São Paulo e a nossa expectativa é que aconteça o mesmo em Salvador e em Cachoeira, nas exibições pelo Panorama, que é um festival que a gente sempre frequenta e somos sempre muito bem recebidos”, conta Glenda Nicácio. Da Rosza Filmes, o Panorama Coisa de Cinema já exibiu Café com Canela, Ilha, Até o Fim e Voltei.

O filme deve estrear no primeiro semestre de 2023 nos cinemas, após cumprir o que Ary considera como um caminho tradicional do cinema brasileiro: “Primeiro ele vai fazer uma carreira em festivais e depois ir para as salas de cinemas com essa força que o festival vai dando, que as críticas vão dando”.

ROSZA FILMES
Fundada em 2011 por Ary Rosa e Glenda Nicácio, a Rosza Filmes é uma produtora independente de cinema e audiovisual do Recôncavo Baiano. Em seus primeiros anos, a produtora dedicou-se a projetos de Cinema e Educação em escolas públicas da Bahia e curtas metragens experimentais. Em 2017, lançou seu primeiro longa-metragem, “Café com Canela”, que foi vencedor dos prêmios de Melhor Atriz (Valdinéia Soriano), Melhor Roteiro (Ary Rosa) e Melhor Filme eleito pelo Júri Popular do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi exibido em mais de 10 países diferentes e teve mais de 100 críticas escritas em diversas partes do país. Em 2018, chegou às salas de cinema tendo mais de 10 mil espectadores em um pouco mais de um mês em cartaz em todas as regiões do Brasil. Hoje o filme pode ser visto no Canal Brasil e na plataforma de streaming Prime Video. Em 2018, foi lançado, também no Festival de Brasília, o segundo longa-metragem da dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio: “Ilha”, que venceu os prêmios de Melhor Ator (Aldri Anunciação) e Melhor Roteiro (Ary Rosa). Em 2020, “Até o Fim” foi lançado na Mostra de Cinema de Tiradentes e foi vencedor do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular. Em 2021, também na Mostra de Tiradentes, foi lançado o longa-metragem “Voltei!”, uma produção feita durante a pandemia de COVID-19 que ganhou Menção Honrosa no Panorama Coisa de Cinema e o prêmio de Melhor Atriz (Arlete Dias, Mary Dias e Wall Diaz) no Festival CineFantasy. Em 2022, a dupla apresentará dois longas-metragens inéditos: o musical “Mugunzá” (selecionado para o Festival CineFantasy e Panorama Coisa de Cinema) e a comédia “Na Rédea Curta”, que chegará às salas de cinema dia 1º de dezembro.

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ARY E GLENDA

Ary Rosa e Glenda Nicácio vivem, desde 2010, no Recôncavo da Bahia, onde se formaram em Cinema pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e fundaram a produtora independente Rosza Filmes (2011). Iniciaram a carreira com a realização de curtas metragens, com experimentações de linguagem na ficção e no documentário. Morando no Recôncavo, encontram na cultura popular local a pulsação para a realização em cinema, desenvolvendo filmes onde o processo de produção, a narrativa e a estética são elementos pautados nas dinâmicas da vida de uma cidade do interior.

Filmografia
“Café com Canela” (longa metragem de ficção, 2017)
“Ilha” (longa metragem de ficção, 2018)
“Até o Fim” (longa metragem de ficção, 2020)
“Voltei!” (longa metragem de ficção, 2021)
“Eu não ando só” (telefilme documentário, 2021)
“Mugunzá” (longa metragem de ficção, 2022)
“Na Rédea Curta” (longa metragem de ficção, 2022)

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