Publicado em 16/12/2022 às 07h56.

Eduardo Bolsonaro rebate declarações anti-armas de Dino: ‘Precede a ditadura’

'É a primeira medida de um pretenso ditador. A história nos ensina, basta ver a conduta dos maiores genocidas do planeta', afirmou o deputado

Mattheus Miranda
Fotos: Valter Campanato/Wilson Dias/Agência Brasil
Fotos: Valter Campanato/Wilson Dias/Agência Brasil

 

Após o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmar que nas operações policiais contra atos antidemocráticos, determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram encontradas “várias armas”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi às redes sociais, nesta quinta-feira (15), para criticar o ex-governador do Maranhão.

“Pegar arma de quem tem ficha limpa, endereço certo e todas as armas declaradas é fácil. Armas estas que nunca serviram para trocar tiro com polícia ou estiveram num roubo. As armas empunhadas por CuPinXas que assassinam, estas vocês não estão preocupados, né. Será por quê?”, escreveu Eduardo ao compartilhar a declaração de Flávio Dino no Twitter.

Conforme o futuro ministro do governo Lula (PT), submetralhadora, fuzil e até rifle com luneta foram encontrados durante a operação deflagrada pela Polícia Federal na quinta contra bolsonaristas envolvidos em manifestações contra o resultado do último processo eleitoral brasileiro.

Na semana passada, Dino havia declarado em entrevista à GloboNews que vai buscar promover um desarmamento da sociedade, além de evitar politização das polícias. “Nas zonas urbanas, também teremos a volta à lei no que se refere ao armamentismo. Precisamos fazer que as armas não sejam transformadas em instrumentos de perpetração de crimes nos lares, nos locais de trabalho e nas escolas”, afirmou o ex-governador na ocasião.

Para o deputado Eduardo Bolsonaro, o desarmamento proposto por Dino “precede a ditadura”. “É a primeira medida de um pretenso ditador. A história nos ensina, basta ver a conduta dos maiores genocidas do planeta: Stalin, Mao Tsé-Tung, Hitler, Fidel Castro, Hugo Chávez dentre outros. Todos desarmamentistas. Desarmamento é controle social”, completou Eduardo no Twitter.

À GloboNews, Dino afirmou, ainda, que o futuro governo deverá adotar estímulos, até mesmo econômicos, para a entrega de armas por parte da população. “Haverá estímulos à entrega voluntária [de armas], inclusive vamos procurar estruturas estímulos econômicos. E vamos encurtar o registro. Se a pessoa diz que tem uma arma, é preciso que apresente se a arma existe mesmo e onde ela está. E haverá, com efeitos futuros, vedação a certas aquisições como essas de fuzis, metralhadoras e assim sucessivamente. É absolutamente descabido”, completou.

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