Presidente do TRT-BA quer ‘união’ para continuar atividades

Segundo a desembargadora Maria Adna Aguiar, a situação da Justiça do Trabalho é temerária; Lei orçamentária de 2016 prevê corte de 29% no orçamento do setor

Hieros Vasconcelos

A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), Maria Adna Aguiar, esteve no evento da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia (OAB-BA), nesta segunda-feira (30), e disse ao bahia.ba acreditar que a situação da Justiça do Trabalho é temerária, mas “ainda há esperança”.

Para a desembargadora, é importante que, no atual momento do país, que passa por uma crise econômica e sofre o aumento do desemprego, o cidadão brasileiro encontre a garantia dos seus direitos. A preocupação da presidente do TRT e de diversos servidores aumentou após a divulgação da Lei Orçamentária de 2016, que prevê um corte de 29% nos recursos destinados ao setor. Manifestações ocorreram em diversas cidades do país, inclusive na capital baiana. Conforme os manifestantes, a redução, considerada drástica, pode resultar na paralisação de diversas atividades por falta de verba.

Segundo a presidente da Corte, ajustes têm sido feitos, mas é necessário que haja participação, união e diálogo com todos os segmentos sobre a conjuntura atual. “Estamos ajustando para que não falte essa prestação [de serviço] ao cidadão. Estamos levando nossas questões para as entidades, para os políticos da Bahia e do Brasil, para a Ordem. A situação atual e temerária”, declarou.

“Eu hoje estive com parlamentares da Bahia para explicar a situação. Espero que haja uma conscientização por parte de todos”, acrescentou Maria Adna Aguiar, que assumiu a presidência do TRT5 para o biênio 2015/2017. Maria Adna é portadora de pólio desde os 2 anos de idade e tem na sua trajetória grande atuação em defesa das minorias, especialmente as mulheres e os deficientes físicos.