Joice é acusada de ‘rachadinha’; funcionária diz ter feito repasses mensais de R$ 13,5 mil
Ex-assessora conta que pagava mensalidade da filha da ex-deputada, diz que sofria assédio moral e era obrigada a fazer serviços domésticos

Ex-deputada federal, Joice Hasselmann (sem partido-SP) foi acusada de desviar parte do salário de uma ex-funcionária para pagar gastos pessoais, esquema conhecido como “rachadinha”.
De acordo com apuração do UOL, Juliana Christine Pereira Bejes, que trabalhou com a ex-parlamentar durante um ano e oito meses, encaminhou a denúncia para o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP).
A ex-assessora, que também acusa a ex-chefe de assédio moral, contou que embolsou apenas dois salários durante todo o período que trabalhou com Joice. Segundo Juliana, todo o restante foi repassado para a ex-deputada, incluindo valores do auxílio-creche. Os repasses, conforme o site, equivalem a R$ 13,5 mil por mês.
Para comprovar as acusações, Juliana Bejes apresentou faturas de cartão de crédito e extratos de Pix das movimentações. Joice, por sua vez, nega as acusações e afirma que sua antiga funcionária e o marido – que também era funcionário do gabinete – forjaram provas para tentar tirar dinheiro dela.
Juliana, no entanto, sustenta as acusações e diz que a devolução do salário era feita por meio de pagamentos de despesas particulares de Joice.
Comprovantes de depósitos apresentados pela ex-assessora mostram o pagamento da faculdade da filha da ex-parlamentar. Juliana relata que Joice e o ex-marido dividiram o valor da mensalidade, mas a parte da ex-deputada, no valor de R$ 5.315, era bancada por ela.
A ex-assessora conta ainda que após a derrota eleitoral, Hasselmann fez um acordo para que a então funcionária pagasse seis meses de faculdade da filha, totalizando R$ 31 mil, podendo embolsar os salários dos três últimos meses. Juliana conta que usou sua reserva financeira para pagar o valor porque os salários restantes totalizaram R$ 40 mil, mas assim que depositou o valor acordado na conta da ex-chefe, ela assinou sua demissão. “Bem no dia da festinha de aniversário do meu filho”, lembrou Juliana.
Além dos desvios dos salários, ela disse ainda que Joice a obrigou a sair candidata a deputada estadual, para conseguir mais dinheiro do fundo partidário e investir em sua própria campanha à reeleição. “Ela queria me usar de laranja”, acusa.
No campo do assédio moral, Juliana contou ainda que recebia ordens para limpar o apartamento da ex-deputada, fazer supermercado, levar o carro na oficina e até emprestar seu próprio veículo. Um uma conversa por WhatsApp, Joice manda a funcionária lavar sua roupas. “Bom lavar com sabão de coco líquido, deixar de molho pelo menos 2 horas, depois enxaguar e pendurar sem torcer”, ordenou.
A ex-assessora disse ter aceitado as condições de trabalho e participar do esquema de “rachadinha”, porque havia mudado de cidade com um filho bebê e tinha um contrato de aluguel longo para bancar.
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