Tinoco admite definir rumo partidário até março; UB no governo Lula destoa de seu posicionamento
O vereador, entretanto, não dá pistas sobre para qual partido poderá migrar
Nem mesmo a aproximação pessoal do ex-prefeito ACM Neto com o vereador Claudio Tinoco deve mantê-lo no União Brasil (UB), partido em que permaneceu durante toda sua trajetória política, que já dura 22 anos.
Em conversa com o bahia.ba, o edil admite que até março de 2024, período legal da janela partidária [prazo para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato], definirá a saída do seu atual ninho, período que utilizará para dialogar com outros partidos para escolha do seu novo abrigo. Mas, a pretensão, conforme ele antecipa, é permanecer na base de Neto e do prefeito Bruno Reis (UB).
De acordo com o ainda integrante do União Brasil, trata-se não apenas de sobrevivência político-partidária, ‘pragmatismo’, levando em conta mudanças de regras eleitorais, mas também de fusões, federações de legendas e distorções de bandeiras ‘nunca antes vivida durante sua militância’, a exemplo da participação do UB no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a maior cota, a qual Tinoco não comunga.
O União Brasil emplacou três ministérios: Comunicações (Juscelino Filho), Turismo (Daniela Carneiro) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes)] na gestão petista e, apesar disso, se declara independente para ganhar mais espaço. Atualmente, para entregar mais votos, a legenda pressiona o Planalto a tirar do Turismo Daniela Carneiro — que está de mudança para o Republicanos — e colocar Celso Sabino (PA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Tenho comigo hoje que o que é mais importante é a compreensão do novo momento político-partidário e, eu trago isso com alguns exemplos muito práticos e objetivos. Estão existindo fusões, federações que estão alterando a composição partidária, e isso leva, inclusive, a algumas mudanças programáticas, como reunir o PCdoB e o PV, o PCdoB com o próprio PT que, apesar de serem partidos de esquerda, têm sua programática, suas diretrizes diferentes. No nosso campo, o União Brasil é fruto de uma fusão, que reuniu o Democratas e o PSL. Essas mudanças estão levando a uma reflexão minha para aquilo que eu, logicamente, nessa altura da minha vida política quero me associar, as bandeiras, as posições…”, diz Tinoco.
O vereador cita movimentos que o desagrada e o faz refletir.
“Eu digo a você que o União Brasil até esse momento do ponto de vista que se coloca partidariamente, até mesmo do ponto de vista nacional, apesar de eu não ter voz, me traz satisfação. Por outro lado, movimentos que possam ocorrer, por exemplo do União Brasil vir a compor o governo Lula de uma forma partidária, institucional indicando nomes, quadros, eu diria a você, que isso não está alinhando com as minhas posições ao longo desses anos todos na minha atividade, militância política e partidária.”
Ele, que já exerceu cargos importantes na administração pública, especialmente, na educação, infraestrutura, cultura e turismo, pontua ainda que mudanças eleitorais contribuem para a sua tomada de decisão.
“Então dito isso, tem outros elementos que eu diria são mais pragmáticos, como a viabilidade de eleição dentro de um partido, levando em conta que estão existindo mudanças de regras como o número de candidaturas por partidos ou federação que caiu de 150% para 100% mais 1, tudo isso fará a gente fazer uma avaliação e quando chegar na janela partidária legal, que é em março do ano que vem, tomar uma decisão”, frisa.
“E, é claro, que eu tenho ótima relação com líderes partidários, presidentes de partidos que são do nosso campo e até mantenho diálogo com outros de campos políticos opostos e estarei até março conversando, mas a minha posição hoje é muita clara: havendo a mudança partidária não significa saída de Claudio Tinoco do campo político de ACM Neto e Bruno Reis”, enfatiza.
O vereador, entretanto, não dá pistas sobre para qual partido poderá migrar. “Não conversei com nenhum partido. Portanto, não posso especular.”
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