Publicado em 12/07/2023 às 17h01. Atualizado em 12/07/2023 às 18h28.

Lavanderia hospitalar contratada pela prefeitura vira alvo do Ministério Público e TCM

Empresa é acusada de falsidade ideológica e fraude

Reinaldo Oliveira
Foto:Divulgação

 

O vereador da cidade de Luís Eduardo Magalhães Silvano Santos acusa o município de contratar uma lavandeira hospitalar para prestar serviços nas unidades de saúde de falsidade ideólogica e fraude. De acordo com o edil, a contratação está sendo investigada pelo Ministério Publico da Bahia (MP-BA) e pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Ainda segundo Santos, documentos “evidenciam os crimes de falsidade ideológica e fraude envolvendo o Hospital Silvestre e a prefeitura.”

“As pessoas assinam um atestado falso. Isso é crime e precisa de punição. A empresa foi aberta em 2019, mas o hospital emitiu atestados de capacidade técnica referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016, período em que a empresa sequer existia. Além dos crimes para possível favorecimento da empresa, os órgãos públicos investigam a prática de preços abusivos e danos ao erário público equivalentes a R$ 252 mil”, afirma o vereador.

A denúncia apresentada tem anexos de documentos da Junta Comercial e da Receita Federal que, segundo Silvano Santos, “comprovam a abertura da empresa apenas em outubro de 2019.” Ele diz ainda que “a situação comprova a fraude e o crime de falsidade ideológica”, e “seria para privilegiar um dos sócios da empresa, que é cunhado do chefe de gabinete do prefeito, hoje secretário municipal” na gestão da cidade.

“Além dos crimes, os contratos firmados mostram um suposto superfaturamento. O contrato que vigorava, na gestão passada, tinha o preço de R$ 7,35, já a nova contratação cobra o valor superior, de R$ 8,20. É preciso esclarecer o motivo da contratação da atual empresa”, acrescenta Santos.

A denúncia questiona o fato da empresa SS Lavanderia que prestava o serviço ser considerada inabilitada. Para o vereador, as informações não procedem. “Se estava prestando serviço ao município, como foi inabilitada?”, questiona.

Prefeitura nega irregularidades

Em contato com o bahia.ba, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães disse desconhecer as supostas investigações, mas de antemão garante que não há irregularidades.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.