Apesar de relação bélica com STF, Bolsonaro crê que ‘maior erro’ foi contrariar Gilmar

Ex-presidente acha que Gilmar poderia ‘domar’ o ministro Alexandre de Moraes

Redação

Alvo de centenas de processos judiciais e investigado por suposta participação em trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem uma avaliação peculiar sobre sua relação conturbada com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme Guilherme Amado no portal Metrópoles, o ex-chefe do Executivo tem dito a interlocutores que seu “maior erro” junto à Corte foi não ter indicado ao Superior Tribunal de Justiça um nome defendido pelo decano do STF, ministro Gilmar Mendes.

Segundo a coluna, Bolsonaro considera que este movimento foi “fatal” para sua relação com Gilmar, a quem atribui o poder de “domar” Alexandre de Moraes contra ele.

O indicado por Gilmar Mendes ao STJ era o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O ex-presidente, entretanto, escolheu os desembargadores Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues.

Ainda de acordo com a publicação, em conversas reservadas Jair Bolsonaro tem admitido que sabe que será condenado no STF e preso por conta de algum dos processos relatados por Moraes, ministro que costumava ser seu principal alvo de ataques durante o mandato na Presidência da República.