Publicado em 19/10/2023 às 09h41.

Sob Bolsonaro, Abin perdeu informações sobre elos do Hamas e Hezbollah no Brasil

Agência sofreu ‘apagão’ de fontes após cortar pagamento de 80 informantes de áreas como contraespionagem e contraterrorismo

Redação
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 

Ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) perdeu informações valiosas sobre elos dos grupos extremistas Hamas e Hezbollah em território nacional.

Conforme Rodrigo Rangel em sua coluna no portal Metrópoles, a perda das informações foi ocasionada por um “apagão” de fontes, após a direção da agência – à época comandada hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL) – cortar pagamentos para mais de 80 informantes de áreas sensíveis como contraespionagem e contraterrorismo.

De acordo com a publicação, parte dessas fontes secretas municiava a Abin com informações sobre estrangeiros que vivem no Brasil e têm laços estreitos com organizações como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas, responsável pelo ataque em Israel no dia 7 de outubro.

Segundo a coluna, a Inteligência monitora a atuação de dezenas de simpatizantes e estrangeiros ligados aos dois grupos que têm negócios no Brasil e costumam fazer remessas regulares de dinheiro para a Faixa de Gaza e o Líbano. A suspeita é que em vários casos, os recursos serviriam para abastecer as organizações terroristas.

Ao descontinuar os pagamentos para manter os informantes, a Abin alegou que o corte se dava por “mudança de prioridades” nas operações da agência, que concentraria recursos para monitorar facções brasileiras, como as ligadas ao tráfico de drogas.

 

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