Publicado em 08/11/2023 às 12h09.

Em resposta a Geraldo, prefeito alega falta de apoio de governos petistas e crava aumento da tarifa

O prefeito, não deixou de cutucar o ex-aliado, exclamando que 'quem tem boca fala o que quer, mas que ele não é pautado por declaração de ninguém'

Fernanda Chagas / Gabriela Araújo
Foto: Ascom/CMS

 

O prefeito Bruno Reis (UB), ao ser provocado pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para que evite uma futura greve do transporte público, afirmou que a negativa em relação ao subsídio federal para a operação do transporte público, bem como a majoração do ICMS por parte do governo estadual, não lhe restará outra alternativa senão o aumento da tarifa.

“Temos 11 meses tentando evitar esse aumento, esperando subsídio federal que não vamos ter, já que a única ação que nos foi garantida foi o financiamento com juros menor do que o praticado no mercado para a aquisição de ônibus [convencional e elétrico]. Então, diante desse negativa, aliado ao aumento do ICMS não nos  resta outra alternativa que não o aumento da tarifa pública e, a prefeitura para evitar que esse aumento da tarifa técnica seja real terá que assumir parte da conta para arcar com parte do encargo que a população”, explicitou.

Contudo, não deixou de cutucar o ex-aliado, exclamando que ‘quem tem boca fala o que quer, mas que ele não é pautado por declaração de ninguém’.

“Quem tem boca fala o que quer. Penso que todos deveriam ter consciência da crise que o transporte vive no Brasil e que o governo federal tem responsabilidade e o governo do estado também, bem como que as prefeituras do Brasil estão indo além de suas atribuições. A prefeitura de Salvador, por exemplo, nunca colocou recursos no transporte público como tem feito. Em nossa gestão colocamos em 2021, em 2022, teremos que colocar em 2023 e 2024 para manter o funcionamento dos ônibus. Então, como eu disse não vou ficar aqui me pautando por declaração de ninguém”, rebateu.

Por fim, ele reforçou o pedido de sensibilidade por parte do sindicatos do rodoviários e patronal. ““Qualquer greve só vai acentuar ainda mais essa crise e isso pode resultar inclusive na quebra de algumas dessas empresas. Acho que o ambiente e a postura que devem ter é sentar na mesa junto da Justiça do Trabalho, onde o acordo foi feito, para que a justiça determine o cumprimento do acordo que foi realizado”, reforçou, complementando que o Executivo municipal continua intermediando as negociações e espera que não quero estado de greve seja suspenso.

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