Publicado em 13/11/2023 às 11h10.

Mulher de líder do Comando Vermelho do AM esteve em agendas no Ministério da Justiça

Pasta alegou que Luciene integrou comitiva e afirmou que era ‘impossível’ o setor de inteligência detectar previamente a presença

Redação
Foto: Reprodução / Redes sociais

 

A esposa de um líder do Comando Vermelho no Amazonas, conhecida como a “dama do tráfico amazonense” esteve ao menos duas vezes no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Conforme o Estadão, Luciene Barbosa participou de agendas com secretários e diretores da pasta comandada por Flávio Dino (PSB), mas seu nome não chegou a ser registrado na agenda oficial.

Luciene é mulher de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que cumpre 31 anos no presídio de Tefé, no Amazonas. Ela também foi sentenciada a dez anos, mas responde em liberdade.

Conforme o jornal, em 19 de maio ela esteve com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos do ministério. A segunda agenda ocorreu no dia 2 de maio, quando ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Segundo a publicação, em maio ela entrou no ministério como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma ONG de defesa dos direitos dos presos que, segundo a Polícia Civil do AM, atua em prol de detentos ligados ao CV. Segundo a investigação, a organização criada em 2022 também seria financiada com dinheiro do tráfico.

Procurado, o Ministério da Justiça admitiu que ela foi recebida por secretários da pasta, mas disse que Luciene integrou uma comitiva e afirmou que era “impossível” o setor de inteligência detectar previamente a presença dela.

 

Confira a nota completa:

“No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da ANACRIM (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas.

A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.

Por não se tratar de assunto da pasta, a ANACRIM, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A agenda na Senappen e da ANACRIM aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da ANACRIM.

Não houve qualquer outro andamento do tema.

Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidades de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.

Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais.”

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