Ministros do centrão têm dificuldades para ampliar aliança de Lula no Congresso
Os ministros têm participado de compromissos no Congresso também com objetivo de promover suas respectivas pastas e iniciativas
A estratégia de licenciar ministros do centrão da Câmara dando cargos na Esplanada do governo Lula (PT), com intuito de melhorar a relação entre o Executivo e os deputados federais, parece que não tem dado muito certo.
Lula nomeou em julho o ministro Celso Sabino (União Brasil-PA) para comandar a pasta do Turismo. Em setembro, ele indicou os ministros Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para a de Portos e Aeroportos e André Fufuca (PP-MA) para a de Esporte, após semanas de negociações com o centrão e suas lideranças.
Os ministros têm participado de compromissos no Congresso também com objetivo de promover suas respectivas pastas e iniciativas, além de tentar aumentar os orçamentos dos ministérios por meio do direcionamento de emendas parlamentares.
As 3 pastas não estão nem entre os 15 ministérios com maior orçamento da Esplanada, de um total de 38. Portos e Aeroportos tem R$ 4,9 bilhões, Esporte, R$ 1,3 bilhões, e Turismo, R$ 570 milhões.
Sabino esteve no Congresso Nacional ao menos 15 vezes desde que foi nomeado. Somente em setembro, ele participou de sessão solene na Câmara em homenagem à pasta, de audiências nas comissões de Turismo das duas Casas e de reuniões de seu partido e com parlamentares, além de ter circulado pelo plenário da Câmara durante votações —como a que aprovou o novo arcabouço fiscal.
O ministro do Turismo também participou de eventos organizados por frentes parlamentares, como um almoço na FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo) e evento de lançamento da Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira.
Naquele momento, segundo relatos, ele indicou aos parlamentares que eles não enfrentariam dificuldades com a tramitação das emendas em sua pasta. A liberação dos recursos tem sido uma das principais queixas de deputados sobre a articulação política do governo federal desde o começo da gestão petista.
Em nota enviada à imprensa, a assessoria do ministro disse que ele pediu a licença para “honrar compromissos assumidos” com a população do Pará por meio de emendas que serão destinadas a áreas como saúde, educação e infraestrutura.
O ministro reassumiu o cargo na segunda (4). No mesmo dia, esteve no Senado. Ele se reuniu com o presidente em exercício da Casa, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), para tratar da crise em Maceió, diante do risco de desabamento de uma das minas da Braskem na capital alagoana.
Sabino disse que a sua relação com o Congresso é “muito natural” para ele, já que está em seu segundo mandato e nos últimos anos se relacionou com diversos parlamentares. O ministro afirmou ainda que o fato de ele, Fufuca e Silvio Costa Filho integrarem partidos de centro é uma “vantagem”.
“Temos nossas ideologias, princípios e valores, mas estamos sempre abertos ao diálogo justamente por não estarmos em nenhum dos extremos. Essa é e sempre foi a essência do Parlamento. Tenho amigos e colegas que vão do PSOL ao PL. Por isso, em muitas ocasiões, sou chamado a fazer interlocução, mesmo como ministro”, diz ele.
Segundo a assessoria de imprensa do ministro, ele recebeu em seu gabinete 238 deputados e 15 senadores, de 16 partidos diferentes, desde que tomou posse.
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