Publicado em 31/01/2024 às 09h21.

Após pescaria, um jet ski não voltou à casa do clã Bolsonaro, diz PF

A Polícia Federal investiga se embarcação desgarrou da frota para transportar e esconder provas

Redação
Foto: Reprodução/GloboNews

 

Informações colhidas pela Polícia Federal (PF) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, apontam que uma das três embarcações usadas pelo clã Bolsonaro para supostamente pescar não voltou do mar enquanto os policiais estavam na casa da família, cumprindo um mandado de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na manhã de segunda-feira (29), envolvido no suposto uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal, classificado como ‘Abin paralela’.

A suspeita é de que ele teria recebido “materiais” obtidos ilegalmente pela Agência.

A PF investiga se esse jet ski faltante possa ter sido usado para transportar e esconder, em propriedades de conhecidos na região, provas ou materiais suspeitos que estivessem com Jair e seus filhos.

Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, a PF apurou que Carlos, em companhia do ex-presidente Jair Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, assim como amigos e assessores, saíram da residência e entraram em um barco e dois jet skis às 6h40, após a família ter notícias da operação.

De helicóptero, às 8h40, os agentes da PF chegaram ao local da cidade do Rio de Janeiro. Por volta de 9h30, o deputado Eduardo voltou em um dos jet skis, iniciando as tratativas para que Carlos, o único alvo das autoridades, voltasse do mar. Somente às 11h o vereador aparece, após retornar em barco com o ex-presidente Bolsonaro, segundo fontes ligadas ao caso.

Contudo, Flávio Bolsonaro não voltou na parte da manhã até a região da casa da família, assim como um jet ski. Isso faz a polícia suspeitar que o senador tenha conduzido a embarcação até a casa de conhecidos na região.

O próprio Flávio disse, em entrevistas, que teria ido a um almoço. O Metrópoles tentou contato com o senador, mas, até agora, ele não retornou.

A versão da existência de um almoço supostamente pré-marcado, no entanto, causa estranheza aos investigadores, já que há relatos de que, pouco após a polícia sair do local, o senador retornou ao imóvel.

Advogado da família e ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, por exemplo, afirmou que, quando chegou à casa dos Bolsonaros, por volta de 12h45, Flávio já estava lá. Wajngarten nega a versão da PF e sustenta que o clã saiu para o mar antes das 6h.

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