Publicado em 01/03/2024 às 16h37.

‘Não falei para aprovar menino que nunca foi à escola’, diz governador

O governador, Jerônimo Rodigues (PT), voltou a falar da portaria Nº 190/2024 que determina a “aprovação em massa” na rede estadual de ensino

Gabriela Araújo / Camila Vieira / Esther Silva

A polêmica portaria Nº 190/2024 que determina a “aprovação em massa” na rede estadual de ensino da Bahia voltou a ser lembrada pelo governador, Jerônimo Rodrigues (PT). Durante a assinatura da ordem de serviço para obra civil da terceira etapa do projeto do Novo Teatro Castro Alves (TCA), nesta sexta-feira (1), Rodrigues disse ao bahia.ba que nunca defendeu aprovação sem critérios.

“Meu discurso nunca foi de aprovação geral, inclusive não dá para um menino que não foi à escola ser aprovado, nunca falei isso. Da minha boca ninguém pegou nada disso. Defendo aquele estudante que passa o ano inteiro na escola, que tem boa vontade de ir, aproveitar, chamar essa menina, esse menino e não perdê-la, de forma nenhuma para o crime, para droga ou para o analfabetismo. É disso que eu estou falando. Se alguém quer botar outra coisa na minha boca, e se na portaria não tiver isso, eu serei o primeiro a dizer revogue, bota, conserta, mas eu não vou abrir mão”, disse o governador.

Professor de formação e ex-secretário de Educação, o governador lembrou o tempo em que lecionava. “Eu quando estava dando aula tive um estudante autista que iria padecer porque eu não fui formado para lidar com as limitações dele. Aprendi na minha formação inicial que muitas vezes um conselho salva um aluno. Falo em avaliar o perfil, dar uma chance. O aluno perde uma matéria, mas vai tocar a série seguinte com a disciplina perdida do ano anterior. O que não podemos é sentenciar o aluno que perde, sem levar em consideração o todo”, frisa o governador.