Publicado em 12/03/2024 às 17h53.

Localiza seguirá reajustando preços de aluguel para recuperar retorno

Companhia também pretende aceleração renovação da frota

Redação
Imagem: Youtube

 

A empresa de locação e gestão de frotas Localiza (RENT3) afirma que vai continuar reajustando os seus preços para conseguir melhorar os spreads entre retorno do capital investido (ROIC, na sigla em inglês) e custo da dívida. Rodrigo Tavares, diretor-financeiro da companhia, afirmou que o momento é de recomposição das tarifas. Segundo informações do portal InfoMoney.

“Os ajustes de tarifa seguem sendo feitos de forma gradativa para a recomposição do retorno medido pelo ROIC. Já fizemos isso ao longo de 2023 e esse movimento continua em 2024”, disse Tavares.

A companhia registrou um lucro líquido contábil de R$ 705,6 milhões no quarto trimestre, alta de 59,1% em relação a igual período de 2022. A diária média dos carros da Localiza ficou em R$ 120,54 em 2023, uma alta de 12,1%. A empresa perdeu rentabilidade após a fusão com a Unidas, em negócio formalizado em 2022. Em 2021, antes da operação, esse spread chegou a 13,3 pontos percentuais.

Em relação à novação da frota, a Localiza comprou 288.622 novos veículos ao longo de 2023 e vendeu 67.243. Com isso, a adição foi de 67.243. Esse movimento se acelerou no último trimestre do ano, quando foram adquiridos 107.532 carros zero e vendidos 56.514.“Ainda não chegamos na metade do processo de rejuvenescimento da nossa frota”, disse.

Carros elétricos

O processo da eletrificação da frota de veículos no Brasil deve ocorrer de forma gradual, com a predominância dos modelos híbridos, segundo Bruno Lasansky, presidente da Localiza. Para o executivo, a infraestrutura de abastecimento e concorrência farão com que o crescimento da frota de carros 100% elétricos seja mais lenta que o planejado.

“Devemos ver prevalecer os carros híbridos. A eletrificação vai ser mais concentrada nos grandes centros, mas até para isso tem um aspecto de infraestrutura muito relevante, do carregamento do veículo”, disse durante teleconferência.

As novas regras fiscais para os veículos elétricos e híbridos – em que a alíquota chegará a 35% até 2026 – e os investimentos feitos por montadoras no Brasil são outros fatores que devem influenciar para, em um primeiro momento, a demanda ser maior por híbridos.

“Quando a alíquota (dos importados) chegar a 35%, vai ter uma concorrência predominantemente local, aí teremos um cenário de competitividade mais equalizado”, disse. Os emplacamentos de carros elétricos no ano passado somaram 93.927, alta de 91%, segundo dados da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos).

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