Publicado em 06/06/2024 às 17h54.

Trabalhadores de construções pesadas podem entrar em greve

Decisão será tomada após assembleia, nesta sexta (07), que será realizada na Praça do Campo da Pólvora, em Salvador

Redação
Foto: Reprodução

Após intensas negociações da Campanha Salarial 2024, sob o tema “Jornada de Trabalho Menor para uma Vida Melhor”, o Sintepav Bahia convoca uma assembleia geral nesta sexta-feira (07), às 08h, na Praça do Campo da Pólvora, em Salvador, reunindo trabalhadores e trabalhadoras da construção pesada. Esta assembleia poderá dar início a uma greve por tempo indeterminado, já aprovada em todo o estado através da publicação de editais.

Simultaneamente, as assembleias acontecem em centenas de obras por toda a Bahia, envolvendo mais de 20 mil trabalhadores da construção pesada, em projetos que representam investimentos de 15 bilhões de reais. No entanto, o Sinicon, sindicato patronal, não apresentou uma proposta que garanta a reposição da inflação, um aumento real e assistência médica, que são condições mínimas para os trabalhadores, responsáveis pela criação de riqueza em várias regiões. A construção pesada é um dos principais motores do desenvolvimento econômico e social do estado e do país, abrangendo tanto o setor público quanto o privado, desempenhando um papel crucial na criação de empregos e na geração de renda.

As obras de infraestrutura têm impacto significativo em toda a sociedade. Em grandes projetos, como a ampliação do metrô de Salvador, a Ferrovia de Integração OesteLeste (FIOL), terraplanagem, barragens, projetos de energia eólica, linhas de transmissão, entre outros, o trabalho dos trabalhadores da construção pesada influencia diretamente questões como mobilidade urbana e transição energética, essenciais para a preservação ambiental e o bem-estar de toda a população.

A greve é uma medida adotada em resposta à falta de valorização do trabalho por parte das empresas do setor. Enquanto os trabalhadores dedicam suas habilidades e esforços para promover o bem-estar e o progresso da sociedade, as empresas se recusam a oferecer condições mínimas que garantam a qualidade de vida da categoria, que é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e a geração de riqueza no país. Portanto, a categoria exige melhores condições de trabalho, salários justos, saúde e segurança no trabalho, e assistência médica para todos os trabalhadores, que contribuem para o desenvolvimento do estado e do país.

As principais reivindicações incluem: reposição da inflação mais aumento real; concessão de cesta básica; segurança e saúde no trabalho; contrato de experiência de 30 dias; aviso prévio indenizado; assistência médica; e manutenção das demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

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