Publicado em 20/06/2024 às 17h52.

Sílvio Humberto é mais um vereador a acusar Átila do Congo de ‘machismo’

"Foi uma fala equivocada e machista do vereador. Uma pessoa alegar sem nenhuma estatística que nós, homens, estamos sendo demonizados, precisa ver quem faz as leis"

Esther Silva / João Lucas Dantas / Reinaldo Oliveira
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

Em entrevista ao bahia.ba na tarde desta quinta-feira (20), o vereador Sílvio Humberto disse que o colega Átila do Congo (PMB) proferiu “uma fala machista” quando chamou a Laina Crisóstomo (PSOL) de “vitimista”, após a vereadora dizer que teve sua fala interrompida por Paulo Magalhães Junior (União Brasil) por “machismo”, na sessão ordinária de quarta (19) na Câmara Municipal de Salvador.

“Foi uma fala equivocada e machista do vereador, e as vereadoras rebateram. Uma pessoa alegar sem nenhuma estatística que nós, homens, estamos sendo demonizados, precisa ver quem faz as leis. Nós somos maioria em todos os espaços de poder. Por exemplo, se voltarmos ao código penal, que falava sobre ‘as mulheres’ e ‘crime de honra’, quem foi que inventou isso? Os homens. Quantas mulheres morreram, e os homens justificaram o crime pela violação da sua honra para passar incólume, iam para julgamento e eram absolvidos por isso?”, questiona Humberto.

O vereador também questiona possível “reducionismo” da dor das mulheres ligada à fala de Átila. “Ele disse que ‘as que chegam na delegacia normalmente é por violência física’, mas e a violência patrimonial, psicológica? Porque as mulheres não se sentem à vontade de denunciar até chegar ao Estado, que precisa de medida protetiva, porque vão as colocando em estado de vulnerabilidade. Ficam em uma condição que não conseguem reagir.”

Sílvio Humberto parabeniza a bancada feminina na Câmara, que se posicionou contra o colega Átila do Congo. “Parabéns às vereadoras que reagiram. Nós somos solidários porque não concordamos com esse discurso de ‘demonização dos homens’”.

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