Número de trabalhadores empregados com ensino superior completo no Brasil sobe, aponta pesquisa
Em contrapartida, grupos sem instrução ou com menos anos de estudo perdem participação no mercado.
A proporção de trabalhadores ocupados que contam com ensino superior completo vem em trajetória de alta no Brasil. É o que indica um módulo da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgado nesta sexta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em contrapartida, grupos sem instrução ou com menos anos de estudo perdem participação no mercado.
Em matéria, a Folha de São Paulo apura que, em 2023, de um total de 100,7 milhões de trabalhadores ocupados, 23,1% (ou 23,2 milhões) tinham ensino superior completo. Trata-se do maior percentual da série histórica iniciada em 2012 –a proporção era de 22,4% em 2022. O número de 23,2 milhões, registrado em 2023, também é recorde. “O nível de qualificação da população ocupada vem aumentando ao longo dos anos”, disse William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. Em 2012, a proporção de ocupados com ensino superior completo era de 14,1%. Já o número de trabalhadores com esse grau de escolaridade aumentou de 12,6 milhões em 2012 para os 23,2 milhões em 2023. O crescimento foi de 10,6 milhões.
Aqueles ocupados com ensino médio completo e superior incompleto são outro grupo que aparece em alta na pesquisa. Em 2023, eles representaram 42,8% da população ocupada, ou 43,1 milhões do total de 100,7 milhões. O percentual é recorde –a proporção estava em 41,9% em 2022 e em 35,7% em 2012. Os dados são reflexos diretos da perda de participação de trabalhadores com pouca ou nenhuma escolaridade. Em 2023, o grupo sem instrução e fundamental incompleto representou 20,1% do total de ocupados, a menor proporção da série. O percentual estava em 21,3% em 2022 e em 32,6% em 2012.
Movimento semelhante ocorreu na parcela com fundamental completo e médio incompleto. No ano passado, esse grupo respondeu por 14% do total de ocupados, outra mínima da série. A proporção era de 14,4% em 2022 e de 17,5% em 2012. “Vem crescendo ano após ano a proporção de pessoas que têm, pelo menos, o ensino básico, que é ter, pelo menos, o nível médio”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE. “Para além do básico, a gente também vem observando aumento da proporção de pessoas com ensino superior. Há, sim, um aumento da escolarização da população como um todo e, em particular, das pessoas ocupadas.”
A Pnad considera como ocupados os profissionais que têm algum tipo de trabalho, formal ou informal. Ou seja, entram nessa conta desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos. Apesar da queda no percentual, trabalhadores com nível superior ainda representam o maior índice (13,5%) do levantamento.
Sindicalização
Os dados divulgados abordam ainda temas como a sindicalização, que vem em baixa no Brasil. O percentual de profissionais ocupados que estavam associados a sindicatos foi de 8,4% em 2023. É o menor nível da série histórica iniciada em 2012. O movimento de redução atingiu diferentes perfis de trabalhadores. Considerando apenas a população ocupada com ensino superior completo, a taxa de sindicalização foi de 13,5% em 2023, bem abaixo do patamar de 28,3% registrado no início da pesquisa, em 2012, é o que aponta o IBGE. Em 2023, a taxa de sindicalização foi de 7,1% para os ocupados com ensino médio completo e superior incompleto, de 5,4% para a parcela com fundamental completo e médio incompleto e de 7,3% para o grupo sem instrução e fundamental incompleto.
“Essa queda significativa de pessoas sindicalizadas com nível superior mostra um descompasso com o avanço significativo do nível de instrução dos trabalhadores, que não é acompanhado pela expansão da associação a sindicato”, afirmou Beringuy.
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