Publicado em 25/06/2024 às 11h58.

‘Prefeitura não tem como pagar’, diz Bruno sobre proposta de tarifa zero nos ônibus

Minuta do projeto foi protocolada na Câmara Municipal (CMS) pelo Observatório da Mobilidade Urbana de Salvador (ObMob)

André Souza / Fredie Ribeiro / Gabriela Araújo
Foto: Betto Jr./Secom

 

Mesmo se colocando “a favor” da proposta de tarifa zero nos ônibus, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) não vê a ideia como exequível na capital baiana. Isso porque, segundo o chefe do Palácio Thomé de Souza, a cidade “não tem condições de pagar essa conta”. 

“Sou a favor. Agora tem que ver quem é que vai pagar a conta, o município de Salvador que já coloca R$ 206 milhões não têm condições de pagar essa conta”, afirmou nesta terça-feira (25), após a inauguração da UPA infantil Vale dos Barris, na Avenida Centenário. 

Um dos motivos que impede a gestão municipal de garantir a tarifa zero, segundo Reis, são os custos gerados pelo serviço. O município, de acordo com ele, tem uma despesa anual de R$ 1 bi com os transportes públicos, o qual mantém um subsídio para assegurar a tarifa de R$ 5,20, considerada a quarta mais cara do Brasil e a primeira do Nordeste. 

“Hoje, se a gente for pegar os custos do sistema de transporte de Salvador é de R$ 1 bilhão. A prefeitura que tem que investir 25% na educação, pelo menos 15% na saúde, tem a folha dos servidores, não tem disponível R$ 1 bilhão de reais para pagar o transporte público”, acrescentou. 

O gestor ainda afirmou que se houver promessas no sentido de implantar a tarifa zero na capital baiana será “mentira”, pois a prefeitura “não tem como, nos seus cofres públicos, disponível R$ 1 bilhão para custear o transporte público”. 

A minuta da tarifa zero dos ônibus foi protocolada na Câmara Municipal de Salvador (CMS), na sexta-feira (21), pelo Observatório da Mobilidade Urbana de Salvador (ObMob). A proposta foi recepcionada pelos vereadores Augusto Vasconcelos (PCdoB) e Edvaldo Brito (PSD). A iniciativa da entidade vai além da capital baiana e também acontece nos estados de Belo Horizonte, Campinas-SP, João Pessoa, Manaus, São Gonçalo-RJ, São Paulo e Rio de Janeiro.

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