Publicado em 07/07/2024 às 19h30.

Em Santa Catarina, Milei poupa Lula e faz discurso com críticas ao socialismo

Únicas referências diretas ao Brasil foram feitas de passagem quando citou 'perseguição judicial' a Bolsonaro

Redação
Foto: Assessoria Jair Bolsonaro (PL)

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, poupou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de críticas e optou por um discurso mais contido neste domingo (7) durante a Cpac, conferência conservadora realizada em Balneário Camboriú (SC). As informações são da Folha de jornal.

Em pronunciamento, lido a uma plateia lotada de ativistas de direita, e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no palco, Milei discorreu sobre os males do socialismo e denunciou a oposição a suas reformas econômicas na Argentina.

Para a diplomacia brasileira, que vinha prometendo reagir a provocações o tom burocrático do argentino foi um alívio.

“Em nome da justiça social, os socialistas cometeram atrocidades, inventando mercados cativos para empresários amigos, violaram direitos fundamentais de uns e outros”, afirmou.

Segundo a Folha, ale subiu ao palco como um rockstar, balançando os braços freneticamente, mas o que se viu em sua fala foi algo anticlimático para quem esperava uma oratória no mesmo nível.

De maneira sintomática, ficou impávido quando a multidão entoou o grito de “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

A única referência mais direta ao Brasil foi feita de passagem. Em determinado momento, citou “a perseguição judicial que sofre nosso amigo Jair Bolsonaro aqui”, em referência aos processos contra o ex-presidente.

Nominalmente, fez poucas referências a líderes de esquerda, concentrando-se sobretudo no ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Para Milei, Maduro, que concorrerá numa eleição em 28 de julho, seria o símbolo do socialista que usa a pobreza como instrumento para se manter no poder. “Vejam como vive a família de Maduro, são todos multimilionários. Eles perderam o direito de falar de justiça”, afirmou.

 

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