Ibovespa fecha com alta de 1,2%, puxado por Vale e inflação nos EUA; Usiminas desaba
Bolsas dos EUA fecham com forte alta, após dados de inflação em linha com expectativas
O Ibovespa (IBOV) fechou com alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos, um ganho de 1.538 pontos, e o maior avanço em um só dia desde a alta de 1,36% de 27 de junho último. Apesar da forte recuperação em relação às três quedas seguidas vistas esta semana, o Ibovespa terminou mesmo no negativo, com 0,10%, a segunda semana consecutiva no vermelho. O dólar comercial voltou a subir, agora com 0,18%, a R$ 5,65. E os DIs (juros futuros) recuaram por toda a curva.
Segundo informações do portal InfoMoney, o principal acontecimento do dia, a despeito da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, foi mesmo a divulgação do relatório do índice de preços de consumo pessoal nos Estados Unidos (EUA), o PCE, o preferido do Federal Reserve, que veio estável em junho na comparação a maio, dentro do esperado por analistas. “O que pega na inflação de lá, que mantém ela alta, é o setor de serviços, que vem mostrando uma resiliência mais forte, em meio a um mercado de trabalho que ainda está bastante sólido”, disse Francisco Nobre, economista da XP, que participou do Morning Call da XP hoje.
Como o relatório caiu no entendimento do Fed, em breve saberemos. “O mercado já precifica um corte em setembro”, afirmou. Na semana que vem tem reunião do Fomc, mas não há previsão de alteração na taxa de juros. “Mas eles devem abrir as portas para um corte num futuro próximo. Eles devem fazer alguma sinalização que estão muito pertos de diminuir a taxa de juros”, ressaltou.
“O Fomc da semana que vem deve abrir a porta para um corte de juros na reunião de setembro, quando o Fed trará revisão de suas projeções, mas sem se comprometer, mantendo a cautela diante das incertezas com os próximos dados. Powell fará uma leitura dovish dos últimos dados, mas deve dizer que precisa de mais números favoráveis de inflação nos próximos meses para garantir confiança necessária em cortar juros”, pontuou Andressa Durão, economista do ASA.
O mercado, no final das contas, observou os números como positivos, dignos de medalha de ouro. “Vale destacar que a retomada do crescimento dos preços se deu em patamar mais baixo do que aquele que vinha sendo observado desde o início do ano. Além de positivo do ponto de vista quantitativo, haja vista que não se descolaram das projeções do mercado, os resultados também foram positivos quando analisados qualitativamente. Evidências neste sentido podem ser encontradas na composição do indicador”, disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital.
A empolgação, ou alívio, se reproduziu em negócios. Os principais índices em Nova York mostraram uma recuperação acelerada, digna de 100 metros rasos, diante das fortes baixas nos últimos dias. “O relatório benigno do PCE de hoje ajudou a tirar o mercado do precipício”, disse à CNBC Sam Stovall, estrategista da CFRA. “Assim, a grande rotação contínua viva e a amplitude continua do nosso lado”.
E no Brasil não foi diferente. A animação que se viu na delegação brasileira em Paris, na cerimônia de abertura, se viu também nos ganhos em São Paulo. Nem mesmo as críticas do presidente Lula novamente ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tiraram o sabor da vitória. Até porque a Vale (VALE3), que divulgou um balanço que não brilhou como ouro aos olhos do mercado, disparou 1,49%, com sessão de alta do minério, lucro acima do esperado e dividendos.
Para a XP, a mineradora reportou resultados ligeiramente mais fracos do que o esperado no 2T24, com Ebitda ajustado proforma de US$ 4,0 bilhões, 6% abaixo da projeção da casa, mas praticamente em linha com o consenso.
Mais notícias
-
Economia
22h00 de 17 de outubro de 2024
Oeste baiano inicia safra de grãos com projeção de crescimento e desafios climáticos
Segundo a AIBA, a soja, principal cultura da região, deve ocupar 2,129 milhões de hectares, representando um crescimento de 7,5% em relação à safra anterior
-
Economia
18h07 de 17 de outubro de 2024
Ex-ministros de Bolsonaro lançam livro sobre política econômica
Paulo Guedes e Adolfo Sachsida lançam livro sobre a política econômica no período de 2019 a 2022, sob a gestão Jair Bolsonaro
-
Economia
17h51 de 17 de outubro de 2024
Vale cai 2,5% e mais mineradoras e siderúrgicas têm baixa após decepção com China
Minério caiu forte com dúvidas de que últimas medidas da China para fortalecer mercado imobiliário serão suficientes
-
Economia
17h35 de 17 de outubro de 2024
Ibovespa fecha em baixa, com perdas de Vale e Petrobras, na contramão do exterior
Dow Jones termina com novo recorde
-
Economia
15h56 de 17 de outubro de 2024
Governo dará mais 6 meses para saque de dinheiro esquecido nos bancos
Caso recurso não seja requerido em 25 anos, será incorporado à União
-
Economia
13h59 de 17 de outubro de 2024
BNDES aprova financiamento de R$ 257,9 mi para que Acelen implante centro tecnológico
Nova unidade faz parte de um projeto integrado da empresa que visa produção de diesel renovável e combustível sustentável baseado na cultura da macaúba
-
Economia
13h59 de 17 de outubro de 2024
Bahia tem oito das 100 cidades mais ricos do agronegócio em 2023; veja lista
São Desidério, no oeste do estado, somou produção de com R$ 7,8 bilhõe e, responde por mais de 30% do cultivo do algodão no país
-
Economia
13h45 de 17 de outubro de 2024
BCE Corta Juros em Meio a Estagnação da Economia da Zona do Euro
Essa é a primeira vez que BCE corta juros duas vezes consecutivas em mais de 13 anos
-
Economia
13h25 de 17 de outubro de 2024
BC alerta sobre golpistas que prometem resgate de recursos esquecidos
Quem perdeu o prazo pode acabar sendo iludido com alguma promessa de viabilização de resgate fora do prazo
-
Economia
13h14 de 17 de outubro de 2024
Por que os operadores de petróleo se tornaram tão pessimistas sobre 2025?
Três principais agências de petróleo reduziram estimativas de demanda para próximo ano