Taxas caem em contratos de DIs a partir de 2026 em meio a temor de recessão nos EUA
Em meio percepção de que dólar em patamares elevados ante real aumenta as chances do BC subir Selic em curto prazo
A aversão a ativos de maior risco nos mercados globais trouxe volatilidade para a renda fixa no Brasil, mas as taxas dos DIs se firmaram em baixa durante a tarde nos contratos a partir de janeiro de 2026, refletindo a queda dos rendimentos mais longos dos Treasuries no exterior em meio ao temor de recessão nos Estados Unidos (EUA), de acordo com informações do portal InfoMoney.
A taxa do contrato para janeiro de 2025, no entanto, fechou em leve alta, em meio à percepção de que o dólar em patamares elevados ante o real aumenta as chances de o Banco Central (BC) subir a taxa básica Selic no curtíssimo prazo.
No fim da tarde desta segunda-feira a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,58%, ante 10,564% do ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,22%, ante 11,278% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,42%, ante 11,49%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 11,79%, ante 12,824%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 11,8%, ante 12,828%.
Neste cenário, a taxa do DI para janeiro de 2027 — um dos mais líquidos — atingiu a mínima de 11,31%, em baixa de 18 pontos-base.
Entre os fatores citados para o movimento de sell-off estavam o receio de uma recessão nos EUA após dados fracos de emprego na sexta-feira; a continuidade da liquidação de operações de carry-trade com o iene pós o Banco do Japão subir juros na semana passada; os receios de que haja uma escalada no conflito envolvendo Israel no Oriente Médio; e a decepção com balanços de companhias nos EUA, com a Berkshire Hathaway do empresário Warren Buffett reduzindo metade de sua participação na Apple.
As taxas dos DIs demonstraram recuperação ainda pela manhã e chegaram a oscilar no território positivo, após o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informar que seu índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor não manufatureiro dos EUA aumentou para 51,4 no mês passado, de 48,8 em junho — o nível mais baixo desde maio de 2020. Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços subiria para 51,0 em julho.
“Os (rendimentos dos) Treasuries caem e derrubam os juros por aqui um pouco. A chance de recessão nos EUA aumentou consideravelmente. E se a recessão vier, o ajuste dos ativos nem começou ainda”, disse o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
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