Ibovespa fecha com 5ª alta seguida no maior nível desde fevereiro, com PETR4 e bancos
Bolsas dos EUA fecham mistas em início de semana marcada por dados de inflação
O Ibovespa (IBOV) deu de ombros para a instabilidade vista nos mercados globais e emendou a 5ª alta seguida, dessa vez com mais 0,38%, aos 131.115,90 pontos, um avanço de 501,31 pontos. É a primeira vez que o IBOV acaba um pregão acima dos 131 mil desde 27 de fevereiro deste ano, quando encerrou com alta de 1,61%, aos 131.689,17 pontos, de acordo com informações do portal InfoMoney.
O dólar comercial emendou a quinta baixa seguida, com menos 0,34%, a R$ 5,49.
“O Ibovespa sobe muito por conta do cenário externo, com dados dos Estados Unidos (EUA) que vieram positivos após o payroll e também em ritmo de cautela, à espera do CPI (inflação ao consumidor), que sai nesta quarta (14), nos EUA. O mercado deu uma aliviada na ideia de que o país entraria em recessão e está mais otimista”, pontuou Hemelin Mendonça, da AVG Capital.
Mas o Boletim Focus desta semana, mostra que as projeções dos analistas para a inflação em 2024 voltaram a subir, enquanto as estimativas de PIB, câmbio e Selic se mantiveram no mesmo nível da semana anterior. O principal item do Focus, neste momento para o mercado, é o IPCA, cuja projeção para este ano subiu de 4,12% para 4,20%, na quarta semana seguida de alta. Para 2025, recuou de 3,98% para 3,97%. Pesquisa Firmus, também do BC, apontou medianas acima das estimativas intermediárias do Focus.
O caso é que cada vez fica mais certo para investidores e analistas de que setembro será o mês de corte de juros nos EUA. E isso significa boas novas para as ações brasileiras, de acordo com o Itaú (BBA) e do Bank of America. As análises reforçam que a queda das taxas dos EUA será positiva para os papéis na bolsa brasileira. Isso porque, historicamente, o mercado brasileiro é inversamente correlacionado com as taxas de juros: ou seja, juros em queda, Bolsa em alta.
Porém, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que enxerga as propostas dos candidatos na eleição presidencial norte-americana como, em grande parte, inflacionárias, acrescentando que o país deve ter uma política fiscal expansionista com a vitória de qualquer um dos lados. Para ele, tal percepção levanta questionamentos sobre se a taxa de juros do Fed voltará ao patamar pré-pandemia, diante de um novo “modus operandi daqui para frente”.
Já no caso brasileiro, Campos Neto é mais otimista: em sua opinião, está “sedimentado” entre os diretores da autarquia a mensagem consensual de que farão o que for preciso para trazer a inflação para a meta, independentemente de quem seja o presidente da autoridade monetária no Brasil.
Assim como está otimista o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendeu a agenda de recomposição da base fiscal, implementada pelo governo Lula em busca de um equilíbrio das constas públicas, sem a necessidade de “choques” para o cumprimento dos objetivos de política fiscal estabelecidos. “Não haverá nenhum choque, porque não entendíamos e não entendemos que precisa de choque. Precisa de credibilidade e consistência”, afirmou.
Ibovespa e os balanços
A safra de resultados se encaminha para reta final – mas até lá muitos resultados ainda devem ser publicados. Hoje, foi a vez da aérea Azul (AZUL4) decepcionar diante do que analistas esperavam.
As ações tiveram queda livre de 11,95%, após o prejuízo ter aumentado no 2T24 e a empresa precisar rever projeções.
M. Dias Branco (MDIA3) recuou 3,66%, com lucro líquido de R$ 190 milhões no 2T24, um recuo de 12,8% na comparação ano a ano.
Agora, após o fechamento dos mercados, será a vez da divulgação dos resultados de Natura (NTCO3), cujas ações caíram 0,91%, além de Itaúsa (ITSA4), que subiu 0,48%. Tem também MRV (MRVE3) e Direcional (DIRR3), além de CSN Mineração (CMIN3).
Mas, de resto, as ações em São Paulo têm se comportado bem. Petrobras (PETR4) disparou 2,27%, com a alta ampla do petróleo internacional, que voltou aos US$ 80, estimulado pelas tensões crescentes no Oriente Médio. Vale (VALE3), caiu 0,51%, com baixa no minério de ferro. Foi exceção entre as grandes.
Os bancos ficaram no azul, com Itaú Unibanco (ITUB4) ganhando 0,14%, enquanto Bradesco (BBDC4) avançou 0,68%, com a nona vitória seguida. B3 (B3SA3) conseguiu mais 1,50%, com ampliação do programa de recompras.
Os frigoríficos conseguiram avançar, após decisões de órgão do Cade, com parecer final recomendando operação entre Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3), mediante a celebração de Acordo em Controle de Concentrações (ACC). Os dois ativos subiram 0,41% e 0,13%, respectivamente.
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