Publicado em 13/08/2024 às 12h35.

Cetas resgata mais de três mil animais silvestres no primeiro semestre

Retorno desses animais à natureza é realizado pelo Inema

Redação
Foto: Joá Souza/GOVBA

 

O Centro de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em Salvador, registrou um aumento significativo no acolhimento de animais em julho de 2024, totalizando 626 novos residentes temporários. Desde o início do ano, o centro já recebeu 3.032 animais, fruto de resgates e entregas voluntárias.

Entre os animais acolhidos, estão espécies que exigem cuidados especializados antes de serem devolvidas à natureza. Esses cuidados incluem análise veterinária, reabilitação comportamental e adaptação nos hábitos alimentares, garantindo que os animais estejam aptos para sobreviver em seus habitats naturais.

O processo de reintrodução dos animais à natureza é cuidadosamente conduzido pelo Inema, que seleciona áreas específicas para a soltura. Esses locais são escolhidos com base em características ambientais favoráveis, como vegetação preservada, abundância de recursos hídricos e baixa presença de ameaças à fauna, assegurando um retorno seguro e sustentável ao meio ambiente.

“O trabalho de conservação dos animais silvestres é fundamental para manter o equilíbrio dos ecossistemas e proteger a biodiversidade,” destacou Haeliton Cerqueira, biólogo e gestor do órgão. “Cada espécie tem um papel vital no meio ambiente, e nosso esforço é garantir que esses animais possam retornar à natureza em segurança, contribuindo para a saúde do planeta. Além disso, é essencial educar a população sobre a importância de preservar a fauna, evitando práticas que possam causar danos irreparáveis.”
O Cetas realiza campanhas de entrega voluntária para sensibilizar a população sobre a importância de conservar os animais silvestres em liberdade e reduzir os crimes contra a fauna, como captura, aprisionamento e comércio ilegal. Em Salvador, no dia 27 de julho, o órgão recebeu um tamanduá-mirim, um ouriço-amarelo, uma iguana, uma jiboia e uma rolinha-roxa. No dia seguinte, foram acolhidos mais oito animais, incluindo um jabuti-piranga, cinco sariguês neonatos e duas iguanas.
O trabalho de resgate é realizado em parceria com diversos órgãos públicos das diferentes esferas administrativas, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério Público, as forças policiais (Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Corpo de Bombeiros Militar, Guardas Municipais e Secretarias Municipais de Meio Ambiente. Essa colaboração aprimora e agiliza o atendimento à fauna silvestre no estado, alinhando procedimentos e atuando de forma complementar.

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