Publicado em 15/08/2024 às 16h26.

Lula chora ao falar de prisão durante ato da Petrobras no Paraná

Durante discurso aos funcionários da empresa, presidente se lembrou da prisão em Curitiba

Redação
Reprodução: Redes sociais

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ato na refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), na região metropolitana da capital paranaense, nesta quinta-feira (15) chorou durante discurso no Paraná ao lembrar dos 580 dias em que ficou preso em Curitiba, por causa de condenação na Operação Lava Jato, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Pela primeira o presidente visita a região da capital paranaense no atual mandato. Nas outras duas passagens pelo estado desde 2023, ele participou de atos em Foz do Iguaçu, na parte oeste do Paraná.

Lula falou para uma plateia formada principalmente por trabalhadores da Petrobras e também por integrantes do MST, que, na época da prisão do petista, montaram um acampamento em frente à sede da PF. Os militantes ficaram em vigília ao longo do período em que ficou preso.

“Sou muito grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias que eu fiquei na Polícia Federal. A minha música eram três bons dias, de manhã, de tarde e de noite. Todo santo dia, durante 580 dias, fazendo frio, calor ou chovendo. Sendo domingo ou feriado prolongado. Aquilo marcou a minha vida. Vocês não têm dimensão do orgulho que estou de estar vestindo esta camisa da Petrobras”, disse Lula.

Em entrevista a uma rádio local, Lula afirmou que pretendia “fazer uma visita na cela onde fiquei preso”.

“Só não vou hoje porque a Janja não está comigo, e ela queria ir comigo. Uma das companheiras que organizava a vigília também não pode vir. Vou visitar ainda a cela onde eu estive preso”, ressaltou.

O presidente também falou de “juiz insignificante” e “procuradores que integravam uma quadrilha no MPF”, além de criticar as paralisações em obras na esteira da Lava Jato. “Se você quer prender um ladrão, prenda, o que não pode é destruir a empresa, o emprego”, pontuou.

“Muitas vezes, eu ficava deprimido e chorava quando ficava sabendo de notícias de que companheiros trabalhadores da Petrobras entravam num restaurante para comer ou entravam no bar e muitas vezes era chamado de ladrão”, afirmou.

O petista completou no discurso que “conseguiram criar no imaginário daqueles que não gostam de nós a ideia de que todo mundo na Petrobras era ladrão”, inclusive “os seus trabalhadores”.

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