Azul busca opções para pagar dívida enquanto negocia com a Gol, dizem fontes
Segundo fontes que falaram à Bloomberg News, follow-on é a opção preferida, enquanto um pedido de Chapter 11 nos EUA seria uma alternativa a ser evitada

A companhia aérea Azul (AZUL4) está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações a um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos (EUA), pelo Chapter 11, enquanto luta para cumprir obrigações de dívida com vencimento iminente, disseram à Bloomberg News pessoas com conhecimento do assunto sob condição de anonimato.
De acordo com informações do portal Bloomberg Línea, embora um pedido no Chapter 11 esteja sendo considerado, a Azul pretende evitá-lo e trabalha com o Citigroup (C) para uma potencial oferta de ações, disse uma das pessoas. A companhia também trabalha com o Citi como assessor sobre o potencial contrato de fusão com a Gol (GOLL4).
Outra opção que vem sendo estudada é a emissão de novas dívidas por meio da unidade de carga da Azul. Representantes do banco americano e da Azul não comentaram.
A aérea também trabalha para acelerar a eventual fusão com a Gol, para assim convencer os credores de que uma nova companhia combinada teria níveis mais baixos de dívida e melhores perspectivas de crescimento, disse uma das pessoas.
Mas essa abordagem é vista como menos atraente, considerando as urgentes necessidades de caixa da Azul e os fracos resultados financeiros.
A Gol entrou com pedido de proteção no Chapter 11 dos EUA em janeiro, tendo que lidar com US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e realizar mais de uma dezena de trocas de dívidas.
Três outras companhias aéreas da região – Avianca, Latam Airlines e Grupo Aeromexico – entraram com o pedido em 2020, com seus respectivos processos se arrastando por anos. Desde então, transportadoras menores como a InterJet, do México, e a Viva Air, da Colômbia, encerraram operações.
A Azul foi o única entre o trio de companhias aéreas dominantes do Brasil que não pediu proteção contra credores após a pandemia de covid-19, que dizimou a indústria de viagens.
Em vez disso, a empresa conseguiu alongar os vencimentos por meio de uma troca de títulos em junho de 2023. Mas ainda enfrenta obrigações de leasing e altos pagamentos de juros sobre sua elevada dívida.
Com o real mais fraco, as despesas da companhia foram infladas, incluindo pagamentos de leasing em dólares e custos de combustível atrelados à moeda americana. A empresa possui R$ 382 milhões de títulos de 2024 a serem pagos neste ano, além de US$ 550 milhões a serem pagos nos próximos quatro anos.
As ações da Azul caíram depois que a companhia registrou perdas líquidas de R$ 3,87 bilhões no segundo trimestre, além de um aumento em sua dívida líquida.
O nível de alavancagem da empresa subiu para 4,5 vezes seus ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ante 3,7 vezes no trimestre anterior, de acordo com suas mais recentes informações financeiras publicadas.
O Congresso aprovou, na noite de quarta-feira (28), um plano de resgate para as companhias aéreas, que inclui empréstimos apoiados pelo Estado por meio do BNDES. A linha de crédito também poderá ajudar a aliviar a pressão sobre a Azul, que se qualificaria desde que não peça proteção contra credores.
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