Publicado em 11/09/2024 às 12h38.

‘Preocupa um pouquinho’, diz Haddad sobre impacto da crise climática na inflação

O ministo afirma, entretanto, que não acredita que juros na taxa Selic sejam solução para este caso

Redação
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que se preocupa “um pouquinho” com o impacto que as questões climáticas podem ter sobre a inflação e sobre os preços de alimentos e energia.

“Inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Nós estamos acompanhando a evolução dessa questão climática, porque o efeito do clima sobre o preço de alimentos e, eventualmente, [sobre o] preço de energia, faz a gente se preocupar um pouco com isso. Mas essa inflação advinda desse fenômeno não se resolve com juros”, disse.

Segundo matéria do InfoMoney, o ministro, entretanto, não acredita que os juros sejam a solução para este caso. “Juro é outra coisa. Mas o Banco Central tem um quadro técnico bastante consistente para tomar a melhor decisão e nós vamos aguardar o Copom da semana que vem”, complementou Haddad. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne na próxima semana, nos dias 17 e 18, para definir a taxa básica de juros (Selic) –hoje em 10,5% ao ano. Os economistas projetam a retomada do ciclo de aperto monetário.

Haddad projetou ainda uma revisão mais alta, de 3%, para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Até julho, a estimativa oficial da equipe econômica era de 2,5%. A projeção mais otimista vem depois que os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a atividade econômica cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano no Brasil, na comparação com os três meses iniciais de 2024.

“A atividade econômica continua vindo forte. Hoje tivemos um dado de serviços forte. Nós devemos, nessa semana, divulgar a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação, possivelmente com um aumento da projeção, além do que nós estávamos esperando. Ele deve vir mais forte, possivelmente 3% [de crescimento do PIB] para cima, algo bastante consistente”, disse o ministro.

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