Produção industrial baiana cai em julho, mas cresce em relação ao último ano
Em julho, crescimento da indústria baiana frente ao mesmo mês do ano anterior foi puxada pelos produtos de borracha e plástico
Em julho, a produção industrial da Bahia seguiu em queda frente ao mês anterior, no caso, junho (-2,3%). O estado registrou seu segundo resultado negativo consecutivo nessa comparação com ajuste sazonal (havia tido retração de 5,7% na passagem de maio para junho).
O resultado da indústria baiana ficou abaixo do registrado no Brasil como um todo, que também apresentou retração (-1,4%), e foi o 2º pior índice entre os 15 locais que têm informações para essa comparação, superior apenas ao do Pará (-3,8%). Amazonas (6,9%), Espírito Santo (5,8%) e Paraná (4,4%) registraram os maiores crescimentos nesse comparativo. É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Na comparação com julho de 2023, a produção industrial da Bahia seguiu crescendo (2,6%), mostrando o terceiro resultado positivo seguido, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.
Apesar disso, o desempenho da indústria baiana foi inferior ao do país como um todo (6,1%) e somente o 13º melhor entre os 18 locais com resultados nessa comparação.
Dos 18 locais pesquisados, 14 registraram crescimento frente a julho/23, liderados por Paraná (14,1%), Amazonas (12,0%) e Santa Catarina (11,8%). Dentre os 4 que apresentaram retrações, as mais profundas foram no Mato Grosso (-2,2%), Maranhão (-1,9%) e Mato Grosso do Sul (-1,6%).
Com esses resultados, a indústria da Bahia acumula aumento de 2,4% na produção, entre janeiro e julho de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador é inferior ao registrado no país como um todo (3,2%) e apenas o 13º crescimento entre os 18 locais, todos eles mostrando altas nesse indicador.
Nos 12 meses encerrados em julho, a produção industrial baiana também apresenta crescimento (1,6%), porém mais uma vez abaixo do verificado nacionalmente (2,2%), sendo apenas o 12º melhor resultado entre os 18 locais.
A alta na produção industrial da Bahia frente a julho/23 (2,6%) ocorreu por conta do crescimento da indústria de transformação (3,6%), que registrou resultado positivo pelo terceiro mês seguido. Por outro lado, a indústria extrativa (-12,5%) caiu no estado, também pela terceira vez consecutiva.
Das 10 atividades da indústria da transformação investigadas separadamente na Bahia, 7 registraram resultados positivos.
A fabricação de produtos de borracha e material plástico (15,6%) teve a segunda maior taxa de crescimento e deu a principal colaboração positiva para o resultado geral da indústria baiana, em julho. A atividade cresce seguidamente há dez meses, e tem alta acumulada de 9,4% em 2024.
A segunda principal influência positiva no mês veio da fabricação de produtos químicos (7,5%), apesar de a atividade ter tido apenas o 5º maior aumento entre as 10 pesquisadas no estado. O segmento cresceu pelo 2º mês consecutivo.
A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (55,0%) registrou a maior taxa de crescimento em julho, porém tem um peso menor na composição da indústria baiana.
Entre as três atividades que apresentaram queda em julho, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-1,0%) foi a que mais segurou o resultado positivo da indústria baiana em geral, apesar de ter tido a retração menos intensa.
Esse segmento, que voltou a cair após dois meses em alta, tem o maior peso na estrutura do setor industrial no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia. No acumulado nos primeiros sete meses de 2024, apresenta resultado positivo (3,5%).
A fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-3,5%) teve a segunda maior queda e deu a segunda maior colaboração negativa para o resultado da indústria baiana, em julho. A atividade voltou a cair, após dois meses em alta.
A atividade com a maior retração, embora em um peso menor para o índice da indústria baiana, foi a fabricação de produtos de minerais não metálicos (-4,1%), que cai seguidamente há 19 meses (desde janeiro/2023).
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