Publicado em 17/09/2024 às 15h42.

Gestores apostam em Selic a 10,75% – mas aumentam posição em Bolsa Brasil

Levantamento da XP vê consenso entre gestores sobre aumento da Selic em 0,25 p.p. na reunião desta semana do Copom

Redação
Imagem: Redes sociais

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne novamente para discutir o novo patamar da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, atualmente em 10,50% ao ano. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (18) e a expectativa dos gestores multimercados é de alta de 0,25 ponto percentual.

De acordo com informações do portal InfoMoney, a projeção faz parte de pesquisa da XP com 30 gestores que possuem mandatos multimercados macro. O estudo foi realizado entre os dias 9 e 13 de setembro.

“É consenso entre os gestores que a autoridade monetária deve subir a taxa básica de juros nesta próxima reunião em 0,25% elevando a Selic para 10,75%. Além disso, observamos divergências nas perspectivas de aumento da Selic este ano, com 50% dos gestores acreditando que a taxa finalizará o ano em 11,75% e demais gestores oscilando as projeções entre 11% e 12%”, destaca o trabalho.

Para a casa, as pressões cambiais recentes parecem criar revisões altistas nas projeções de inflação (IPCA) para o final de 2024 – de 3,8% em junho para 4,30% em setembro.

Em relação ao mercado de juros, houve um aumento no posicionamento neutro em Juros Real (+19p.p), com redução similar tanto no posicionamento tomado quanto no aplicado.

Câmbio

“No câmbio, vimos novamente uma redução das posições compradas em dólar vs outras moedas, caminhando para uma posição de dólar mais fraco a frente. Também houve um aumento no posicionamento neutro em iene japonês (+7,85 p.p) e neutro em relação as moedas emergentes (+ 17 p.p) – que foram posições que apresentaram destaque de aumento nos levantamentos anteriores”, afirma a pesquisa XP com gestores multimercados.

Em relação ao real, a pesquisa aponta uma melhora marginal das posições compradas na moeda brasileira em relação ao dólar. O movimento pode ser explicado por uma visão oportunística por parte dos gestores em relação ao atual patamar do real, explicam os analistas da casa Clara Sodré, Luiz Felippo e Pedro Cardona.

Bolsa

O levantamento da XP aponta ainda uma maior alocação em bolsa brasileira – apesar de incertezas fiscais e mesmo diante do aperto monetário. Atualmente 76% dos gestores pontuam posições compradas, uma elevação em relação ao levantamento de julho (73%).

Em relação às bolsas globais, o desempenho da economia e os impulsos tecnológicos seguem impulsionando um consenso comprador. “Com isso, vimos um aumento nestas posições saindo de 60% para 67%”, diz o estudo.

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