Publicado em 24/09/2024 às 15h03.

Assaí: por que o JPMorgan não vê Assaí como oportunidade apesar da queda de 15%

Analistas do banco não veem catalisadores de curto prazo para ações da companhia de atacarejo

Redação
Foto: assessoria/ Assaí

 

O JPMorgan (JPM) cortou a recomendação do Assaí (ASAI3) de compra para neutro, o último dia 9 de setembro. A companhia é vista com balanço alavancado em um contexto de maior competição entre players e expectativa de juros mais altos por mais tempo. Além disso, o banco cortou o preço-alvo dos ativos de R$ 18 para R$ 21.

De acordo com informações do portal InfoMoney, em duas semanas, os papéis do Assaí caíram 15% (apesar da sessão de recuperação parcial desta terça), com desempenho inferior ao Ibovespa (IBOV) e aos seus pares de varejo, de acordo com a análise do JPMorgan. Parte da razão da queda é justamente a mudança de recomendação.

Em novo relatório, o banco comenta que houve aumento de posições vendidas (short) no papel nos últimos dias e que o movimento de compra foi menor, em razão da baixa visibilidade das perspectivas de médio prazo e a curto prazo mais incerto.

O Assaí seguiria sem catalisadores de curto prazo e sem possibilidades de valorização logo por algumas razões. A primeira delas seria o prêmio mais baixo que negocia, em relação a outros varejistas brasileiros. A companhia ainda apresenta desaceleração no crescimento da receita, o que impacta ainda mais a visão para o nome. Com novas altas de juros, os cenários de alta a partir de níveis atuais fica ainda mais afastado. Para que isso acontecesse, seria necessário que a Selic estivesse em queda.

As estimativas estão abaixo do consenso da Bloomberg para fim de 2024 e 2025 em cerca de 15% mas, para analistas do JPMorgan, a visão de investidores está ainda mais pessimista. Em rodadas de conversas, as previsões de taxa Selic em patamares mais altos para 2025 tem alterado negativamente as projeções para o papel.

O banco até considera possível que os múltiplos para fim de 2026 apresentem alta significativa, mas a visibilidade ainda é muito baixa e distante para que seja considerada pelo mercado.

Mesmo com a visão mais negativa externada pelo JPMorgan, os papéis da varejista subiam nesta terça-feira (24), com alta de 2,80%, a R$ 8,08 às 12h58 (horário de Brasília).

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