Publicado em 25/09/2024 às 09h41.

Brasil tem déficit corrente de US$ 6,6 bi em agosto, contrariando estimativas

No comparativo com o mesmo mês em 2023, o déficit apresentava apenas US$ 969 milhões

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O Brasil apresentou um déficit de US$ 6,6 bilhões em transações correntes no mês de agosto, apresentando um saldo negativo de US$ 5,162 bilhões no comparativo com julho. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (25) e vão contra o consenso LSEG de analistas que projetavam um saldo negativo bem menor no mês, de US$ 5,25 bilhões.

Segundo matéria do InfoMoney, no comparativo com agosto de 2023, o déficit apresentava apenas US$ 969 milhões. Já os números referentes as transações correntes nos doze meses encerrados em agosto de 2024, o déficit apresentado foi de US$ 38,6 bilhões (1,75% do PIB), ante US$ 33,0 bilhões (1,49% do PIB) no mês anterior e US$ 32,2 bilhões (1,54% do PIB) em agosto de 2023.

No oitavo mês do ano, o saldo comercial brasileiro apresentou soma de US$ 4,0 bilhões, enquanto o déficit em serviços subiu para US$4,7 bilhões e o déficit em renda primária caiu para US$ 6,2 bilhões. O superávit em renda secundária manteve-se praticamente inalterado, em US$ 259 milhões.

IDP e reservas internacionais

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$ 6,1 bilhões em agosto de 2024, abaixo dos US$ 7,3 bilhões de agosto de 2023. Já os ingressos referentes a participação no capital atingiram US$ 5,8 bilhões. O valor compreende US$ 1,5 bilhão em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 4,2 bilhões em lucros reinvestidos.

No caso das operações intercompanhia, a soma de ingressos líquidos foi de US$ 350 milhões. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 70,6 bilhões (3,19% do PIB) no mês, ante US$ 71,8 bilhões (3,23% do PIB) em julho e US$ 64,4 bilhões (3,09% do PIB) em agosto de 2023.

As reservas internacionais somaram US$ 369,2 bilhões em agosto de 2024, um incremento de US$ 5,9 bilhões em relação ao mês anterior, com o aumento ocorrendo, principalmente, em decorrência das positivas contribuições vindas de variações por preços, US$ 2,8 bilhões, e por paridades, US$ 2,0 bilhões. As receitas de juros somaram US$ 760 milhões no mês.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.