Publicado em 02/10/2024 às 16h34.

Na ONU, Guterres pede fim de ‘ciclo mortal’, enquanto Israel e Irã trocam ameaças

Embaixador de Israel na ONU, alertou que consequências para o Irã serão “maiores do que eles jamais poderiam imaginar”

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Israel, apoiado pelos Estados Unidos (EUA), e o Irã ameaçaram um ao outro com retaliação se forem atacados, nesta quarta-feira (2), durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em meio a temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, de acordo com informações do portal InfoMoney.

“Esse ciclo mortal de violência do tipo olho por olho precisa parar. O tempo está se esgotando”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ao conselho de 15 membros.

O conselho se reuniu depois que Israel matou o líder do grupo libanês Hezbollah e iniciou um ataque terrestre contra o grupo militante apoiado pelo Irã, e o Irã atacou Israel com mísseis.

“Israel se defenderá. Nós vamos agir. E deixe-me assegurar-lhe que as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que eles jamais poderiam imaginar”, disse ao conselho o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.

O embaixador do Irã na ONU, Amir Saied Iravani, por sua vez, afirmou que o ataque com mísseis na terça-feira foi “para restaurar o equilíbrio e a dissuasão”. Ele disse que uma nova escalada poderia ser evitada se Israel parasse a guerra em Gaza e os ataques ao Líbano.

“O Irã está totalmente preparado para tomar outras medidas defensivas, se necessário, para proteger seus interesses legítimos e defender sua integridade territorial e soberania contra quaisquer atos de agressão militar e o uso ilegal da força”, pontuou ele.

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse ao conselho que o apoio dos EUA a Israel tem sido defensivo. “Deixe-me ser clara: o regime iraniano será responsabilizado por suas ações. E alertamos com veemência o Irã – ou seus representantes – contra tomar medidas contra os Estados Unidos ou outras medidas contra Israel”, afirmou ela.

O embaixador francês da ONU, Nicolas de Rivière, disse que a França quer que o Conselho de Segurança “demonstre unidade e fale em uma só voz” para diminuir a escalada da situação.

Para a embaixadora norte-americana, o Conselho deveria condenar o Irã e impor “sérias consequências” à Guarda Revolucionária iraniana por suas ações.

 

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