Vendas do Dia das Crianças devem crescer 7%, projeta Fecomércio Bahia
O varejo na Bahia deve faturar R$ 6,5 bilhões em outubro, com um crescimento de 7% em comparação ao ano anterior nos segmentos
Mais uma data comemorativa importante para o varejo é o Dia das Crianças, e o cenário está bastante favorável para o aumento do consumo. De acordo com projeção da Fecomércio Bahia, o varejo no estado eve faturar R$ 6,5 bilhões em outubro, com um crescimento de 7% em comparação ao ano anterior nos segmentos que têm algum grau de correlação com a data comemorativa.
“Não é possível fazer uma separação perfeita entre o que se vende especificamente para o Dia das Crianças e as compras habituais das famílias. No entanto, dada a relevância do momento para o comércio, há uma alta correlação; ou seja, se o mês vai bem, a tendência é que o Dia das Crianças também siga no mesmo ritmo”, destaca Kelsor Fernandes, presidente do Sistema Comércio BA.
“Todas as quatro atividades selecionadas devem apresentar aumento nas vendas no mês de outubro, com destaque para as Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados, além das Farmácias e Perfumarias, ambas com estimativa de 14% de crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado”, explica o consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze.
O grupo outras atividades deve aumentar suas vendas em 4%, e há muitos segmentos incluídos nele que impactam o Dia das Crianças, como lojas de materiais esportivos, lojas de brinquedos, lojas de chocolate, joalherias, entre outros. Além disso, as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos devem ter um aumento anual de 3%.
“Um dos principais motivos para a expectativa de um bom desempenho nesse período é o avanço moderado dos preços médios. Segundo o levantamento da Fecomércio BA, com base nos dados do IPCA do IBGE, a inflação da cesta do Dia das Crianças, composta por produtos selecionados pela entidade, apresenta deflação de 0,30% no acumulado de 12 meses até agosto deste ano”, salienta o consultor econômico.
Produtos mais procurados – Quem lidera a lista de quedas é o aparelho telefônico, com -6,39%, seguido pela bicicleta (-4,23%). Também estão na lista o televisor (-2,78%) e o computador pessoal (-1,95%). Esses são produtos de valor agregado mais elevado e, na sua maioria, são comprados por meio de financiamento, carnês etc. Dado o acesso mais facilitado ao crédito e os preços em queda, cria-se um quadro de maior potencial de consumo nesses segmentos de bens duráveis.
Mesmo no segmento mais procurado no período, o de vestuário e calçados, há itens com queda média nos preços em relação a 2023, como é o caso da calça comprida infantil, com variação negativa de 3,18%, do conjunto infantil (-1,85%) e do tênis (-1,11%). Embora outros itens apresentem aumento nos preços, como a sandália/chinelo (+1,04%), o vestido infantil (+1,42%) e a camiseta infantil (+2,66%), a variação é inferior à média geral da região, de 3,71%, o que pode ser considerado como quedas relativas de preços.
Ainda no lado do crescimento de preços, está havendo uma alta um pouco mais expressiva de 10,76% nos livros não didáticos, de 8,06% no sapato infantil e de 7,08% no aparelho de som. Além da inflação, que impacta o poder de compra, o mercado de trabalho aquecido também é um fator determinante para as projeções positivas. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Estado está em 11,1%, sendo a menor desde 2014.
“Outros pontos relevantes para complementar a análise dizem respeito ao crédito, pois há mais facilidade nas compras parceladas, devido ao menor risco de inadimplência, além da redução de 23 mil famílias com contas em atraso em Salvador, o que abre espaço para os gastos do dia a dia e compras de presentes”, destaca Dietze.
“Portanto, o bom momento econômico que a Bahia vem observando desde o 2º trimestre traz otimismo para o comércio em suas datas comemorativas. Após um Dia dos Pais positivo, agora é a vez do Dia das Crianças. Embora seja um público mais específico, essa data tem forte relevância para o varejo e influencia as vendas para este final de ano, animando os empresários para a Black Friday e o Natal”, finaliza o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze.
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